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Gás natural | A Acron saiu das negociações para compra da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas (MS), a UFN III, da Petrobras. Em comunicado nesta terça (26), a petroleira disse que segue buscando um comprador para 100% do projeto e vai sair totalmente do mercado de fertilizantes.
O grupo Acron, da Rússia, se movimentou para entrar no negócio e chegou a firmar acordos com a YPFB, estatal da Bolívia, para comprar gás natural e abastecer a fábrica de fertilizantes nitrogenados. Também foi feito acordo com o governo do Mato Grosso do Sul para receber os mesmos incentivos fiscais destinados antes à Petrobras.
— A Acron também tem um acordo com a YPFB para atuar na exportação de ureia para o Brasil. O fluxo da mercadoria foi prejudicado pelos protestos no país.
— Negociações envolveram os governos de Vladimir Putin e do então presidente boliviano, Evo Morales, que em viagem à Rússia, em meados deste ano, fechou acordos bilaterais, incluindo o desenvolvimento de negócios no Brasil…
… Isso porque a Bolívia é uma grande produtora de gás natural, mas graças ao Gasbol, enxergava oportunidades de desenvolvimento do mercado no Brasil. O país, em crise, abastece cerca de 20% do mercado brasileiro este ano.
Sobra a UFN III, a Petrobras tenta vender a fábrica desde 2017. A construção foi interrompida em dezembro de 2014, com 81% das obras concluídas.
E sobre a Bolívia, a presidente interina, Jeanine Áñez, promulgou a lei para realização de eleições gerais na Bolívia e prometeu reduzir a presença dos militares nas ruas. Evo Morales, exilado no México, e seu ex-vice-presidente, Álvaro García Linera, não poderão ser candidatos.
A operação do Gasbol não chegou a ser afetada. Segundo informações da Argus Media, o governo interino está conseguindo normalizar as operações em unidades de gás natural da YPFB. Há contudo, registros de confrontos violentos, inclusive com morte de civis.
Paulo Guedes | O ministro da Economia afirmou que se a Petrobras fosse uma empresa privada e ele, o presidente, demitiria os grevistas. Avalia que os sindicatos querem fazer pressão para se beneficiar de um momento em que a empresa tem “lucros extraordinários”.
— “Eu estou dizendo o que eu faria, mas não tenho nada a ver com a Petrobras”. Guedes está em Washington (EUA) para o Fórum de Altos Executivos Brasil-EUA. Folha
— Em outro contexto, o ministro afirmou também que se a oposição ao governo Bolsonaro promover protestos, “não se assustem então se alguém pedir o AI-5”. Guedes admitiu que o medo de protestos interfere na agenda de reformas.
— “Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é estúpido, é burro, não está à altura da nossa tradição democrática”.
E a greve | A diretoria da FUP decidiu manter a mobilização programada para ocorrer até sexta (29). Duas decisões do TST, de sábado e de ontem, penalizam as contas do sindicato – Ives Gandra considerou que o acordo coletivo, ao contrário do que afirma a FUP, não está sendo descumprido pela Petrobras.
— Para os sindicatos, o TST erra ao proibir as paralisações e a FUP afirmou que não há risco para o abastecimento nacional ou para a produção de petróleo e gás natural.
Bunker | Prorrogado por 60 dias o prazo para conclusão dos trabalhos do Comitê de Avaliação do Abastecimento de Combustíveis Aquaviários. É o grupo que avalia os impactos da norma internacional para redução de emissões de poluentes em combustíveis navais e pode subsidiar medidas do CNPE. DOU
Obras públicas | Decreto altera as regras de contratação de obras federais. Inclui a possibilidade de empreitada integral para contratação de todos os serviços até a entrada em operação dos projetos e o pagamento por análise paramétrica do orçamento, alternativa à medição, que vai levar em conta a execução de obras similares. DOU
EUA | Bolsonaro enviou a indicação de Nestor Foster Júnior, para a embaixada brasileira nos EUA, para apreciação do Senado Federal. Diplomata de carreira, já vinha sendo cotado para a vaga, em especial após o desgaste do plano de Bolsonaro de indicar o filho, Eduardo Bolsonaro. Estadão fez um breve perfil do diplomata, em outubro.
— “Amigo de longa data de Olavo de Carvalho, ele foi o responsável por levar o hoje chanceler, Ernesto Araújo, para conhecer o escritor e espécie de guru do governo Bolsonaro, que vive em Virgínia. Forster conta a pessoas próximas que conheceu Olavo através de um amigo em comum dos dois: o jornalista Paulo Francis.” Estadão
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