FPSO Cidade do Rio de Janeiro não produz há mais de um ano

FPSO Cidade do Rio de Janeiro não produz há mais de um ano

Matéria atualizada: Petrobras afirma que FPSO está estável

O FPSO Cidade do Rio de Janeiro, que foi evacuada, no campo de Espadarte, na Bacia de Campos, produziu pela última vez em julho de 2018. A unidade, de propriedade da Modec e contratada pela Petrobras, faz parte de um conjunto de sete plataformas que a petroleira planeja desativar no curto prazo.

Entre a sexta (23) e a tarde desta segunda (26), a Modec realizou um desembarque de emergência de 107 profissionais que estavam embarcados no FPSO Rio de Janeiro. A unidade, de acordo com informações do Sindipetro-NF, corre o risco de naufragar. A Petrobras nega, diz que o FPSO está estável.

A Petrobras confirmou que uma trinca no casco da unidade levou ao vazamento de 1,2 m³ de óleo residual (1,2 mil litros). Afirmou que foi observado um aumento nas trincas do casco e um sobrevoo identificou manchas de óleo no mar.

[sc name=”adrotate”]

A unidade faz parte de um grupo de três FPSOs instalados em águas profundas, ao lado da P-33 (Marlim) e da plataforma de Piranema (Sergipe) com desativação prevista para 2019 e 2020. Além disso, a Petrobras planeja retirar três semi submersíveis, instaladas em águas rasas de Campos — as plataformas P-7, P-12 e P-15.

Em 2015, a companhia iniciou a desativação de três plataformas fixas (jaquetas) na Bacia do Espírito Santo, que são as unidades do campo de Cação (PCA-1, PCA-2 e PCA-3). Os servições ainda estão em andamento.

A P-33 parou de produzir no 1º trimestre deste ano e faz parte de um plano ainda maior de desativar todas as plataformas do campo de Marlim, onde a Petrobras pretende instalar duas novas unidades em 2022 e 2023. A Modec venceu este ano a licitação para uma dessas unidades e a outra será operada pela Yinson, estreante no mercado brasileiro.

[sc name=”adrotate”]

Ao todo, o descomissionamento em Marlim vai desativar e remanejar poços de  nove FPSOs (P-18, P-19, P-20, P-26, P-32, P-33, P-35, P-37 e P-47).

As semi submersíveis P-7, P-12 e P-15 foram paralisadas entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2017. Produziam a partir de poços de Bicudo, Pampo, Badejo, Enchova Oeste, Linguado, Trilha, Bonito, Marimbá e Piraúna.

Em comum entre todos os projetos está a estratégia da Petrobras de vender os ativos, total ou parcialmente. O campo de espadarte está incluído no acordo de venda de 50% de Tartaruga Verde para a Petronas, onde a Petrobras opera com o FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes, também da Modec. Um reservatório de Espadarte será desenvolvido com a unidade.

Em julho, a Petrobras assinou com a Trident Energy a venda de 100% dos polos de Pampo e Enchova, que incluem os campos de Pampo, Badejo, Linguado e Trilha (Pampo) e Marimbá, Enchova, Bonito, Enchova Oeste, Bicudo e Piraúna (Enchova). A empresa pode pagar até US$ 1,051 bilhão pelo ativos.

De segunda a sexta, pela manhã, assinantes da newsletter Comece seu dia recebem por e-mail um briefing produzido pela agência epbr com os principais fatos políticos, notícias e análises sobre o setores de petróleo e energia.

[sc name=”newsform”]