A Petrobras assinou nesta quarta (24) os contratos de venda dos polos Pampo e Enchova, na Bacia de Campo, para a Trident Energy, e do campo de Baúna, em Santos, para a Karoon. As operações representam um reforço de caixa de US$ 1,5 bilhão para a Petrobras, podendo chegar a US$ 1,7 bilhão.
Os Polos Pampo e Enchova englobam nove campos com uma produção atual de cerca de 25,5 mil barris por dia, por meio das plataformas PPM-1, PCE-1, P-8 e P-65. A Trident fará sua estreia na operação offshore no Brasil com a aquisição dos campos.
A Trident Energy foi constituída em 2016 e tem foco em campos maduros, atuando na América Latina e na África. A empresa possui suporte financeiro do Fundo Warburg Pincus. A Trident Energy vai pagar US$ 1 bilhão pelos campos, mas há um pagamento contingente ao preço futuro do óleo de mais US$ 200 milhões.
Em Baúna, a Karoon vai assumir a operação do campo que produz cerca de 20 mil barris de óleo por dia pr meio do FPSO Cidade de Itajaí. A companhia opera um projeto de exploração no Sul da Bacia de Santos e vai estreiar na produção.
A Karoon, baseada na Austrália e listada na Australian Securities Exchange, tem projetos na Austrália, Brasil e Peru
Notícias Relacionadas
Offshore
Petrobras, Galp e Acelen compram cargas de petróleo da União
Segundo a PPSA, cada carga tem 500 mil barris; preços ainda não foram divulgados
Petróleo e gás
Petrobras assina parceria com TGS para desenvolvimento de novas tecnologias
A expectativa é que os estudos da Petrobras com a TGS gerem maior conhecimento sobre as bacias sedimentares brasileiras
A transferência dos campos ainda precisa passar pela ANP e pelo Cade.
O que foi vendido
- 100% dos polos de Pampo e Enchova, que incluem os campos de Pampo, Badejo, Linguado e Trilha (Pampo) e Marimbá, Enchova, Bonito, Enchova Oeste, Bicudo e Piraúna (Enchova). Valor total de US$ 1,051 bilhão, sendo US$ 851 milhões + US$ 200 milhões contingentes ao preço futuro do óleo.
- 100% do campo de Baúna (concessão BM-S-40), em águas rasas de da Bacia de Santos, por US$ 655 milhões.
O desinvestimento da Petrobras e a oferta permanente de áreas estão abrindo os setores de exploração e produção de petróleo e gás no offshore para operadores independente no Brasil.
Em 9 de agosto, a epbr e a AmCham Rio promovem um encontro que vai discutir os primeiros passos dessa indústria. Vagas limitadas.
