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Woodside e Santos negociam fusão para criar gigante do gás

Australianas têm valor combinado de R$ 260 bilhões e ativos de exploração de óleo e gás e GNL

Australianas Woodside Energy e Santos negociam fusão para criar gigante do gás natural. Na imagem: Três trabalhadores (um homem e duas mulheres) conversam enquanto caminham na planta de GNL Pluto, da Woodside, que processa gás natural dos campos offshore de Plutão e Xena, na Austrália Ocidental (Foto: Jarrad Seng)
Planta de GNL Pluto, da Woodside (Foto: Jarrad Seng)

As australianas Woodside Energy e Santos anunciaram que estão negociando uma fusão. As companhias têm valor de mercado combinado equivalente a R$ 260 bilhões e ativos de exploração de petróleo e gás natural e produção e comercialização de GNL.

A Woodside é bem maior, com valor de mercado de 57 bilhões de dólares australianos, na cotação desta sexta-feira (9/12), o equivalente a R$ 185 bilhões. Já a Santos é avaliada em 23,5 bilhões de dólares australianos (R$ 76 bilhões).

As petroleiras operam principalmente na Austrália, mas também têm campos de óleo e gás no Golfo do México, Alasca e Trinidad e Tobago.

A Austrália foi, em 2022, líder nas exportações globais de GNL, com 80,9 milhões de toneladas – um market share da ordem de 20%, de acordo com a União Internacional do Gás (IGU, na sigla em inglês). Os principais destinos do gás australiano são o Japão, China e Coreia do Sul.

No ano passado, a Woodside concluiu a fusão com a unidade de negócios de óleo e gás da britânica BHP, que ficou com 48% das ações da nova empresa.

Consolidação do setor

O setor de óleo e gás vive um período de consolidação.

Só em outubro deste ano, duas das maiores operações do século foram anunciadas: a da ExxonMobil com a Pioneer, em um negócio de US$ 60 bilhões (R$ 300 bilhões); e a da Chevron com a Hess, em operação de US$ 53 bilhões (R$ 266 bilhões).

A Chevron já tinha adquirido em maio a PDC Energy, por US$ 6,3 bilhões.

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