O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), exonerou nesta quarta (3) o secretário de Desenvolvimento do Estado, Lucas Tristão. A exoneração foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial nesta manhã.
Então braço direito do governador desde a eleição de 2018, Tristão era visto com descontentamento por deputados fluminenses e considerado pelos parlamentares como o principal responsável pelo péssimo diálogo que o governador vinha mantendo com a Alerj. No começo do ano, após tentar emplacar um aliado seu para o conselho da Agenersa, chegou a afirmar, durante audiência na própria assembleia, ter dossiês dos parlamentares.
A exoneração acontece quando o governador vive seu momento de maior fraqueza. Alvo de dez pedidos de impeachment na Alerj, Wilson Witzel viu nesta semana as contas do seu primeiro ano de governo serem reprovadas por unanimidade pelo TCE. O parecer do tribunal de contas seguirá também para a Alerj, onde será apreciado pelos deputados e pode acarretar em punição ao governador, inclusive, com base na Lei da Ficha Limpa, segundo leitura de assessores legislativos.
Witzel também tem visto sua base de apoio minguar. O Republicanos, partido do prefeito da capital, Marcelo Crivella, abandonou a base do governador, algo que também é debatido pelo DEM, partido do pré-candidato à prefeitura do Rio, Eduardo Paes, e que detém uma das maiores bancadas da Alerj, com quase uma dezena de deputados.
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Na semana passada Witzel, orientado pelo próprio Tristão, Witzel substituiu o secretário de Fazenda, Luiz Cláudio Rodrigues, por Guilherme Mercês (ex-Firjan), e nome próximo do senador Romário (Podemos). Witzel também exonerou o secretário da Casa Civil, o ex-deputado federal André Moura, indicado pelo presidente do seu próprio partido, Pastor Everaldo.
A saída de Moura provocou o desembarque do próprio PSC do governo. A mando de Everaldo o líder e vice-líder do governo na Alerj, deputados Márcio Pacheco e Léo Vieira, ambos do PSC, entregaram seus postos.
Pacheco é relator do PL 1771/2020, que internaliza o Repetro na legislação estadual, que está na pauta de votação de hoje da Alerj; e do PL 1937/2020, que garante redução de ICMS a usinas termelétricas.
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