A Vivo anunciou nesta terça-feira (17/10) que se tornará autoprodutora de energia solar. A operadora de telefonia fez parceria com a Elera Renováveis para assumir quatro parques solares, com 237 MWp, do Complexo Janaúba, em Minas Gerais, o maior do Brasil.
A empresa é a primeira do setor a se tornar autoprodutora. As usinas vão abastecer mais de 200 unidades consumidoras em média tensão e atender 76% do consumo da companhia que era abastecido pelo mercado livre.
A entrada em autoprodução reduz a dependência na aquisição de energia no mercado livre e torna a empresa menos suscetível a variações de preço.
O consumo da Vivo corresponde a 20% da produção do complexo, o equivalente a 440 mil placas fotovoltaicas. O complexo solar de Janaúba, com 1,2 GWp de capacidade, fica em uma área de 3 mil hectares e possui, como um todo, 2,2 milhões de painéis solares.
Carbono zero
A Vivo tem um consumo médio de 1.800 GWh/ano. Desde 2015, a empresa consome energia de fontes renováveis no mercado livre e em projetos de geração distribuída. A eletricidade fornecida pelo mercado regulado é compensada com I-RECs (International Renewable Energy Certificates), de fonte eólica.
“A autoprodução em média tensão consolida nossa estratégia voltada ao desenvolvimento sustentável e melhores práticas ESG, que inclui o uso de energia renovável e a implantação de usinas de geração distribuída, que já somam 62 unidades, de fontes solar, hídrica e de biogás, em operação por todo o país”, disse em comunicado o diretor de Patrimônio, Logística e Compras da Vivo, Caio Guimarães.
O uso de energia renovável contribuiu para que a Vivo reduzisse em 88% as suas emissões diretas de CO2 no período entre 2015 e 2022. A empresa é neutra em carbono em emissões diretas e tem como objetivo atingir zero emissões líquidas até 2040, considerando toda a sua cadeia de valor.