RIO — A Eren Biogás Brasil (EBB), joint venture formada este ano entre a Eren e a IVR, espera tomar a decisão de investimento nos seus primeiros projetos greenfield de biogás e biometano nos próximos doze meses. Além disso, a companhia avalia oportunidades de aquisição de plantas existentes.
Em entrevista ao estúdio eixos no 12º Fórum do Biogás, o CEO da Eren Biogás Brasil, Pierre Emmanuel Moussafir, conta que as duas verticais de crescimento inicial da companhia são os setores sucroenergético e de proteína animal, no Centro-Sul – embora a EBB também avalie, hoje, um projeto em Pernambuco.
“Devemos ter três, quatro projetos nas duas verticais que devem chegar em FID [decisão final de investimento, na sigla em inglês] nos próximos 12 meses”, afirmou.
O primeiro deles, segundo Moussafir, deve avançar em até seis meses.
O executivo destacou que a EBB também está de olho em operações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês).
“A gente é capaz de fazer isso também. Eu entendo que, nesse momento, a nossa meta não é tanto uma questão de crescer por aquisição, mas muito mais agora de a gente querer estar dentro de ativos operando rápido”, afirmou.
O CEO destaca que operar plantas de biogás e biometano exige uma inteligência operacional.
“E, de uma certa forma, adquirir um projeto que já opera me permite botar já a mão na massa”.
A EBB marca a entrada do grupo Eren no mercado brasileiro de biometano e biogás.
A companhia começou a atuar no país de olho, num primeiro momento, nos negócios de geração de energia solar e eólica – que foram posteriormente assumidos pela TotalEnergies, quando a francesa comprou 100% da Total Eren.
A IVRI, por sua vez, é uma empresa brasileira focada em moléculas limpas, como biogás e hidrogênio verde, e foi criada por ex-executivos da Total Eren Brasil justamente após a venda da companhia para a TotalEnergies em 2023.