A Virtu GNL deve iniciar, na segunda quinzena de outubro, o projeto de small scale no Maranhão, disse o CEO da empresa, José de Moura Jr., em entrevista ao estúdio eixos, na ROG.e. A iniciativa foi desenvolvida pela GNL Brasil, joint venture com a Eneva.
“Todo o gás [do Parnaíba] que vai ser transportado para o processo industrial da Suzano, em Imperatriz (MA), e para o processo industrial da Vale, em São Luís (MA), já vai ser com caminhão a GNL (gás natural liquefeito)”, afirmou Moura.
O projeto deve transportar mais de um milhão de metros cúbicos por dia, segundo o CEO, e vai contar com um ponto de abastecimento exclusivo para a auto frota. A sociedade foi pioneira na habilitação da autorização para venda de GNL a granel sem gasodutos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“A gente agradece muito a ANP pela agilidade, sabemos que a agência hoje está com falta de recursos, de gente para poder desenvolver, mas eles se empenharam no projeto, o small scale vem sendo falado ao Brasil há muitos anos, mas vem sendo falado como uma narrativa”, disse Moura. A regulamentação ocorreu em julho deste ano.
Corredores verdes na COP 30
O CEO da Virtu GNL defendeu a apresentação de projeto de corredor na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorre em novembro de 2025, em Belém (PA). “Acho que o Brasil pode, sim, entregar algo disruptivo para a COP”, afirmou.
“Nós estamos hoje com a seca histórica na Amazônia, com problemas de queimadas, nós temos alguns desafios ainda em infraestrutura, mas eu vejo um empenho muito forte deste governo e dos investidores que estão olhando o setor de infraestrutura, que estão olhando o setor de óleo e gás, em querer investir em projetos disruptivos”, completou Moura.
O diretor planeja criar um corredor verde de small scale ligando São Luís (MA) ao Porto de Santos (SP) em 2025. Seria uma extensão do corredor logístico rodoviário com foco na redução de emissões de gás carbônico que a empresa quer formar, em parceria com a Eneva, abrangendo, inicialmente, as regiões Norte e Nordeste. Já foram comprados 30 caminhões a GNL para atender ao projeto no Maranhão.
“O BioGNL é uma realidade, o pré-sal caipira é uma realidade, e ele pode ser não só via GNC, com gás comprimido, mas também com GNL quando você faz em longa distância”, afirmou o CEO.