RIO — O governo federal deu uma sinalização positiva ao mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP), ao deixar propostas de reforma regulatória do setor de fora da Medida Provisória 1313/2025 (Gás do Povo), na avaliação do diretor da consultoria Prospectiva Public Affairs, Felipe Oppelt.
Em entrevista ao estúdio eixos, durante a Liquid Gas Week 2025, no Rio de Janeiro, Oppelt afirmou que o ideal é que as mudanças regulatórias sejam endereçadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“Esse é um ambiente mais adequado para se fazer esse debate. Nos parece que contaminar o da medida provisória com esse debate não seria benéfico nesse momento”
“Acho também que há uma sinalização importante do governo, no sentido de encaminhar a MP tratando estritamente do tema Gás do Povo. E a expectativa é de que siga dessa maneira, sob pena de gerar um ambiente contrário à aprovação da medida provisória, o que é indesejável por todos”
As distribuidoras são contra a reforma proposta pela ANP.
Os dois principais pontos de discórdia são a liberação do enchimento fracionado de botijões e o enchimento por diferentes marcas.
Outros destaques da entrevista
- Gás do Povo corrige uma distorção do balanço energético residencial brasileiro, onde ainda há uma participação significativa da lenha
- Expectativa é que MP 1313 tramite no Congresso com nível de prioridade
- Brasil assumiu protagonismo na América Latina do ponto de vista de marcos regulatórios de transição energética
- PEC das Agências representa involução, com nível de interferência política significativo