Renováveis

Regulação precisa se adaptar à nova realidade da matriz elétrica, diz Clarissa Sadock

Futura CEO da Comerc destaca a necessidade de reforço na transmissão e da implantação de baterias no setor elétrico brasileiro

A regulação do setor elétrico precisa se adequar para aproveitar as potencialidades das renováveis, afirma a vice-presidente de energias renováveis da Vibra, Clarissa Sadock.

Em entrevista ao estúdio eixos na ROG.e, Sadock afirma que é preciso repensar a legislação e se adaptar à nova realidade, em que o sistema elétrico tem grandes capacidades instaladas de energia solar, eólica, micro e minigeração distribuída (MMGD).

“Essa regulação que a gente tem aqui hoje em dia não foi feita para atuar numa matriz com tanta energia intermitente. Então, como é se repensa esse modelo para que a gente possa pagar pelos atributos corretos das diferentes energias e usufruir dessa matriz renovável, uma das maiores matrizes renováveis do mundo?”, questionou.

A executiva destacou a necessidade de reforço na infraestrutura de transmissão e da implantação de baterias para armazenamento no setor elétrico brasileiro.

Atualmente, Sadock é vice-presidente de energias renováveis da Vibra, que está em fase de conclusão da aquisição de 100% das ações da comercializadora de energia elétrica Comerc. A expectativa é que a executiva seja a futura CEO da Comerc.

A Comerc tem uma capacidade instalada de geração de energia de 2,1 gigawatts (GW).

“Pretendemos crescer na gestão de energia, crescer na trading, para depois olhar também oportunidades com investimento. Ainda há oportunidades na geração distribuída. Eficiência energética é um ramo da Comerc que vem tendo bastante sucesso. Baterias… enfim, tem muita oportunidade aí pela frente”, afirmou.