RIO – A Prumo Logística confia na sinergia entre a indústria petrolífera e o nascente mercado de eólicas offshore como um diferencial competitivo do Porto do Açu para atrair investimentos para o complexo portuário de São João da Barra, no Norte Fluminense.
O diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Prumo, Eduardo Kantz, destacou nesta terça (26/3) que o Açu tem vocação para funcionar como um porto-indústria. E que a intenção da companhia é atrair fornecedores de bens e serviços do setor eólico para a retroárea do porto, a exemplo do que ocorreu na indústria de óleo e gás.
“Então, quando se pensa na logística de um projeto de eólica offshore, qualquer semelhança não é mera coincidência [com a indústria do petróleo]. O modelo que se desenha para a inserção de uma eólica offshore, desde o seu primeiro estágio de desenvolvimento, passando pela instalação, a operação e manutenção, e até mesmo a fase final de descomissionamento, depende de uma logística muito semelhante ao que a gente tem hoje no Porto do Açu”, disse Kantz ao TotalEnergies Studio, produzido pela epbr na Brazil Offshore Wind Summit no Rio. Veja acima a íntegra da entrevista.
Ele citou algumas das iniciativas de empresas interessadas em investir em eólicas offshore e que tomam o complexo portuário como base.
Nesta segunda (26/3), a Corio, do fundo australiano Macquarie, assinou memorando de entendimento com a Prumo para desenvolver eólicas offshore no Porto de Açu (RJ). A ideia é que a estrutura portuária seja usada como apoio para futuros parques eólicos da Corio.
Já a Neoenergia instalou o primeiro equipamento de medição da tecnologia LIDAR (Light Detection and Ranging) no Brasil. O aparelho faz a aferição remota da velocidade e direção dos ventos e foi instalada na costa do Rio.
“Existe um momento muito favorável, sobretudo pelas indicações que o setor privado dá, de que há interesse genuíno no investimento em eólicas offshore no Brasil”, afirmou.
Confira a cobertura do estúdio epbr na Brazil Offshore Wind Summit 2024