Biocombustíveis

Potigás olha biometano, mas custo ainda precisa ser equalizado

Marina Melo, presidente da distribuidora, concedeu entrevista exclusiva ao estúdio epbr no Evex Brasil 2024, em Natal

Potigás olha biometano, mas custo da molécula ainda precisa se tornar competitivo, afirma Marina Melo [na imagem], presidente da distribuidora de gás natural do RN, durante entrevista ao estúdio epbr no Evex Brasil 2024, em Natal, em 3/7/2024 (Foto: epbr)
Marina Melo, presidente da Potigás, distribuidora de gás natural do RN, fala ao estúdio epbr no Evex Brasil 2024 (Foto: epbr)

NATAL – A Potigás avalia a realização de chamadas para contratação de biometano a partir de 2025, mas entende que ainda é preciso equalizar a questão do preço da molécula para torná-la competitiva.

A avaliação é da presidente da distribuidora de gás natural do Rio Grande do Norte, Marina Melo, que concedeu entrevista exclusiva ao estúdio epbr, durante o Evex Brasil 2024, que acontece até a próxima quinta-feira (4/7), em Natal. Assista na íntegra acima.

“Precisamos entender melhor a que preço esse valor vai chegar. Essa é a discussão que eu quero fazer. É sobre a questão de competitividade mesmo. A gente tem, por exemplo, uma molécula onshore hoje, que a Potigás compra, a R$ 1,10. E o biometano tá chegando a R$ 4. Se a gente não conseguir equacionar como isso não onere toda a cadeia, como a gente trabalha essa competitividade, isso pode dificultar a entrada de novos projetos de biomentano”, afirmou.

Marina Melo deixou claro, contudo, que todas as distribuidoras do país estão olhando para projetos de biometano.

A presidente da Potigás afirmou ainda que a empresa fechou novos contratos de suprimento de gás natural com a Petrobras na última semana, o que vai gerar novos custos de aquisição da molécula.

A Petrobras deu uma resposta aos concorrentes, ao anunciar, em maio, uma nova política de preços que promete baratear o gás natural para distribuidoras e oferecer produtos mais customizados – e competitivos – no mercado livre.

No mercado cativo, a petroleira prometeu reduzir em até 10% o preço da molécula nos contratos vigentes.

Às distribuidoras, a estatal sinalizou que o desconto, válido até o fim de 2025, seria dado apenas para uma parcela do volume contratado: 60% da quantidade diária contratada seguirá atrelada às condições vigentes e os outros 40% à nova precificação.

O impacto no preço vai variar de concessão para concessão, a depender das condições contratuais de cada distribuidora.

Confira a cobertura exclusiva do estúdio epbr na EVEx Brasil 2024