Petróleo e Gás

Pobreza energética pode se agravar sem transição justa, diz Roberto Ardenghy

Presidente do IBP deu entrevista ao estúdio epbr durante a ESG Energia e Negócios

Pobreza energética pode se agravar sem transição energética justa para além dos combustíveis fósseis, diz Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, em entrevista ao estúdio epbr durante a ESG Energia e Negócios do IBP, no Rio, em 27/5/2024 (Foto: Victor Curi/epbr)
Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (Foto: Victor Curi/epbr)

RIO – Fazer uma transição justa para além dos combustíveis fósseis é essencial para evitar um aumento da pobreza energética, disse o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) ao estúdio epbr, nesta segunda (27/5), durante o ESG Energia e Negócios, no Rio de Janeiro. Assista na íntegra acima.

“A pobreza energética existe e pode, inclusive, ser agravada se nós não fizermos uma transição energética equilibrada e justa”, disse Roberto Ardenghy.

Ele destacou que essa transição deve considerar a pobreza energética e as especificidades de cada país, garantindo que modelos aplicáveis em uma nação possam não ser adequados para outra.

“Modelos que muitas vezes se aplicam a outros países não são aplicáveis no Brasil. E também modelos que temos no Brasil não são aplicáveis em outros países”, explicou.

Ardenghy defendeu que o Brasil deve aproveitar suas potencialidades únicas, como a produção de biocombustíveis, e que a transição energética deve ser conduzida de forma a não agravar a pobreza energética existente.

Ele destacou que a produção de petróleo e gás deve ser conduzida de maneira ética e sustentável, mitigando os impactos econômicos, sociais e ambientais.

“Precisamos produzir de maneira correta, sustentável e ética, considerando o impacto dessas atividades e buscando formas de reparação quando necessário”, afirmou.

Responsabilidades diferentes para cada país

O presidente do IBP mencionou a necessidade de uma agenda comum para combater o aquecimento global, respeitando as responsabilidades diferenciadas de cada país conforme sua contribuição histórica para as emissões de carbono.

“A responsabilidade de combater o aquecimento global é compartilhada, mas diferenciada, levando em conta o papel histórico de cada país nas emissões de carbono”, explicou Ardenghy.

Também destacou a eficiência energética e a mudança nos hábitos de consumo como necessárias para a transição. Ardenghy enfatizou a necessidade de fazer melhor uso da energia atual e promover mudanças de comportamento para reduzir o consumo desnecessário.

“Precisamos trabalhar em uma agenda de eficiência energética e mudança de hábitos de consumo, agindo de maneira responsável”, disse.

Cobertura da epbr na ESG Energia e Negócios