ROG.e

Petroleiras deixaram de ser companhias de óleo e gás e se tornaram empresas de energia

Sinergias com outros mercados e domínio tecnológico da indústria do petróleo fazem, segundo presidente do IBP, com que petroleiras expandam atividades no setor de energia

O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, afirmou que, nos últimos anos, os horizontes dessa indústria se abriram e que as sinergias com outros setores vem transformando as companhias do setor em empresas de energia.

Ele citou a experiência acumulada na construção de plataformas de petróleo como oportunidade para que petroleiras atuem, também, na geração eólica offshore.

Em entrevista ao estúdio eixos nesta quinta (26/6), durante a Rio Oil & Gas (ROG.e), Ardenghy também comentou sobre as contribuições da indústria para o setor de hidrogênio natural, também conhecido como hidrogênio geológico, encontrado em depósitos subterrâneos.

“Não tem nenhum setor que conheça mais hidrogênio do que o de óleo e gás. Não existe refinaria que não tenha uma unidade de geração de hidrogênio.  O hidrogênio natural, que a gente está ainda está engatinhando, tem potencial no Brasil. E quem sabe perfurar poço, ver a configuração geológica e interpretar dados sísmicos é o setor de óleo e gás”, explicou o executivo à eixos.

O executivo reforçou o papel da indústria na transição energética e listou dois motivos que tornam os combustíveis fósseis fontes importantes de energia: “a gente produz 80% da energia do mundo e somos grandes mobilizadores de recursos”, acrescentou.

Segundo o CEO do IBP, a tecnologia e inovação construídas pelo mercado de óleo e gás no último século também contribuíram para acelerar a transição e a evolução energética, bem como para a balança comercial brasileira.

Para o presidente do IBP, organizador da ROG.e, a edição deste ano surpreendeu positivamente com grande presença de empresas do setor, que participaram com os altos executivos das companhias, assim como a grande participação de mulheres e jovens.

“Tivemos, também, uma grande presença estrangeira, da América Latina, europeus, americanos e asiáticos. O que mostra uma importância de que esse evento realmente tem caráter internacional e que o Rio de Janeiro se transformou, nessa semana, na Capital Mundial da Energia”, avaliou.