Exploração

Petrobras vai atrás de novas descobertas na Bacia de Campos: 'mas não será um novo pré-sal de Santos', diz Murteira

Gerente-geral da Bacia de Campos conta que exploração no pré-sal ajudará a alongar produção na região, mas é que é preciso não criar “falsas expectativas”

MACAÉ — A Petrobras se prepara para perfurar um novo bloco exploratório no pré-sal da Bacia de Campos – Água Marinha, arrematado pela companhia em 2022, no primeiro leilão da Oferta Permanente de Partilha.

Em entrevista ao estúdio eixos, na Macaé Energy 2025, o gerente-geral da unidade de negócios da Bacia de Campos, Alex Murteira, disse que a campanha exploratória no pré-sal da região será importante para ajudar a alongar a vida útil da bacia, mas é que é preciso não criar “falsas expectativas”.

“Tem que guardar sempre, frisando bem isso, para não criar uma expectativa que vai ter um novo pré-sal aqui na Bacia de Campos, que vai ser uma nova Bacia de Santos. Não, não é. Mas ele é importante para o momento da Bacia de Campos”, afirmou Murteira.

Ao todo, a Petrobras prevê perfurar 13 poços exploratórios na Bacia de Campos entre 2025-2029.

A previsão da companhia é que cerca de um terço da produção da Bacia de Campos virá do pré-sal até o fim de 2029. 

O bloco de Água Marinha foi adquirido por R$ 65 milhões em bônus de assinatura.

A Petrobras é a operadora do ativo, com participação de 30%, em sociedade com a TotalEnergies (30%), Petronas (20%) e QatarEnergy (20%).

Murteira citou outros alvos da petroleira na região e que a perfuração em Norte de Brava, também adquirida em 2022, por exemplo, já comprovou a existência de óleo

“E nós já estamos estudando até o primeiro tie-back [conexão a instalações já existentes]”.

Petrobras aposta em novo negócio na Bacia de Campos

O futuro da Petrobras na Bacia de Campos, segundo ele, passa também pela reviatlização de campos maduros e o desenvolvimento de novos negócios, como a captura e armazenamento de carbono (CCS).

A companhia planeja, para 2028, o início de um projeto piloto em Cabiúnas, em Macaé (RJ).

A expectativa é que o piloto ajude a subsidiar o marco regulatório para a atividade.

“Durante três anos nós vamos estar monitorando ele [o poço]. Vamos ter mais três poços de monitoramento, monitorando para ver como o reservatório vai se comportar em termos ambientais. E vai servir, inclusive, de base para que o país crie uma legislação, que não existe hoje, ambiental, para essa questão do CO²”.

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