RIO – O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, acredita que o crescimento da demanda por combustíveis, associado ao potencial do Centro-Oeste como fornecedor de matéria-prima para o biorrefino, pode justificar novos investimentos em dutos na região, no futuro.
Este ano, a Petrobras inaugurou seu terceiro polo de venda no Centro-Oeste, em Rondonópolis (MT).
Até então, a companhia possuía duas bases de entrega na região: os terminais de Brasília (DF) e Senador Canedo (GO), que são abastecidos pela Refinaria de Paulínia (Replan) por meio do oleoduto Osbra (São Paulo-Brasília).
Rondonópolis, por sua vez, é suprido pela Replan via transporte rodoviário.
“Num primeiro momento, lançamos o Polo em Rondonópolis, mas lá ainda não se viabiliza duto. À medida que a demanda passe a crescer, ele passa a ser competitivo e pode, eventualmente, gerar investimento em dutos”, disse Schlosser, em entrevista ao estúdio epbr, na Rio Pipeline 2023.
Outra alternativa seria abastecer Rondonópolis via modal ferroviário.
Segundo o executivo, a transição energética se dará por meio da convivência entre os combustíveis fósseis e os bioprodutos e a logística será um “grande diferencial” na introdução dos novos produtos – em especial os dutos, mais eficientes do ponto de vista das emissões.
Nesse sentido, Schlosser destacou que o Centro-Oeste é uma região estratégica, porque tem potencial para movimentar cargas nas duas direções: na demanda por produtos das refinarias do Sudeste e na oferta de matéria-prima para bioprodutos nas mesmas refinarias.
“O Centro-Oeste é um consumidor grande de combustível e, ao mesmo tempo, pode ser um grande fornecedor de matéria-prima. Trazer matéria-prima para abastecer o biorrefino e devolver em derivados”, complementou.
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