Exploração e produção

Mercado aquecido afeta preços, prazos e condições de contratação, diz diretor da Prio

Campo de Wahoo é o principal projeto da PRIO, que tem enfrentado dificuldade com a obtenção da licença ambiental

RIO – O mercado de fornecimento nacional está aquecido, o que tem impactado os preços, prazos e condições de contratação de serviços e equipamentos no setor de petróleo e gás, segundo o diretor de operações da Prio, Francilmar Fernandes.

“Esses ciclos acontecem de tempos em tempos. O mercado está aquecido, super demandado. A quantidade demandada de sondas, de FPSOs, tudo isso arrasta a cadeia de fornecimento”, disse em entrevista ao estúdio eixos na ROG.e na quarta (25/9).

Nesse contexto, ele lembrou que a companhia tomou a decisão de adquirir uma sonda de perfuração própria, o que ajuda a ficar menos vulnerável às oscilações do mercado.

No momento, a empresa aguarda uma licença ambiental do Ibama para realizar o projeto de conexão do campo de Wahoo à plataforma que opera no campo de Frade, por meio de um tieback, na Bacia de Campos.

Fernandes disse que a sonda está pronta para iniciar a perfuração e todos os equipamentos submarinos estão mobilizados e prontos para ser instalados.

A demora na emissão da licença atrasou o projeto, em meio à mobilização dos servidores do órgão ambiental no primeiro semestre do ano.

“A gente vai tentar produzir o primeiro óleo em algum momento de 2025. Vamos cravar essa data assim que tivermos a licença. Acreditamos que está realmente em fase final e que muito em breve receberemos o sinal verde”, pontuou.

Fernandes confirmou a intenção da companhia de iniciar uma nova campanha de perfuração no campo de Frade. A área passou por uma campanha em 2023.

“A gente acredita que tem mais alguns bons poços ali no reservatório para serem acessados e aumentar um pouco a produção. Isso vai acontecer pós o Wahoo”, disse.