RIO – O grupo MDC, controlador da Ecometano, tem planos de estrear na produção de biometano a partir de resíduos agrícolas. Hoje, a companhia produz o combustível renovável apenas em aterros sanitários.
A presidente da MDC, Manuela Kayath, afirmou em entrevista exclusiva à agência epbr que a empresa mira, sobretudo, o potencial do biometano produzido a partir da vinhaça – resíduo da indústria sucroalcooleira. Mas não somente.
“Estamos trabalhando em alguns projetos de fontes de biomassa distintas”, disse Kayath.
Ela explica que a produção do biometano em aterros é um processo mais simples e é natural que a companhia tenha deixado a exploração do potencial no setor agrícola para um segundo momento. Assista a íntegra da entrevista
MDC mira o Centro-Oeste
De olho no potencial da indústria sucroalcooleira, a região Centro-Oeste desponta como uma nova fronteira para a Ecometano – que produz um volume superior a 100 mil m3/dia de biometano, hoje, no Rio de Janeiro e Ceará.
A empresa é um dos principais agentes do setor no Brasil. Produz o combustível renovável no aterro Dois Arcos, em São Pedro da Aldeia (RJ); e no aterro sanitário de Caucaia, operado pelo grupo Marquise na Região Metropolitana de Fortaleza (CE).
Além disso, tem dois outros projetos do tipo em desenvolvimento, ambos com produção estimada da ordem de 60 mil m3/dia: um em Caieiras (SP), em parceria com a Solví, previsto para 2024; e um segundo em Manaus (AM), com o grupo Marquise.
Em Caieiras (SP), a ideia é conectar o biometano na rede de distribuição da Comgás. A empresa ainda não tem contrato fechado para comercialização do produto.