MP dos data centers

Gás natural é 'inexorável no jogo" para data centers, defende VP da Siemens Energy

Para André Clark, política pública para atrair investimentos em data centers não deve deixar fontes de lado, como o gás

MACEIÓ — A construção de uma política pública para atrair investimentos em data centers não deve deixar fontes de lado, defende o vice-presidente da Siemens Energy para América Latina, André Clark. Segundo ele, o gás natural é “inexorável nesse jogo”.

Em entrevista ao estúdio eixos, durante o evento Energia 360 Alagoas 2025, promovido pela Origem Energia, Clark destacou que uma das vantagens competitivas do Brasil nesse mercado é sua diversidade de fontes e a presença do Sistema Interligado Nacional (SIN) – que aumenta a segurança do abastecimento.

“Obviamente, tem que ter todas as fontes. A lei não tem que distinguir. Nós temos o sistema integrado nacional, ele serve para isso. Essa é a nossa vantagem comparativa. É sobre o balanceamento de todas as fontes no país”, disse, em referência aos planos do governo Lula (PT) de editar uma medida provisória para atrair empresas de data centers e facilitar a instalação de estruturas de processamento de dados no país.

A MP atrasou diante da crise fiscal. O governo tem sinalizado que o uso de energia renovável — solar e eólica, especialmente no Nordeste — será uma diretriz central da nova política.

O Brasil, segundo Clark, é “certamente um grande mercado” para data centers de alta criticidade, devido à oferta de energia.

“O Brasil é um belíssimo lugar para isso, por causa do nosso SIN, nosso Sistema Integrado Nacional. Vai ter, dentro do data center, backup do backup do backup do backup do backup. Vai usar todos os tipos [de energia]: vai usar gás, vai usar diesel, vai usar bateria, tudo dentro do mesmo site, porque são 25 minutos de downtime [indisponibilidade] por ano”.

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