RIO – A Enauta vai ficar de fora do próximo leilão de blocos de exploração previsto para dezembro, pois não pretende investir em projetos de alto risco exploratório no momento, disse o presidente da companhia, Décio Oddone, nesta terça (24/10).
Segundo o executivo, o foco da companhia no momento está na entrega do projeto de produção definitivo do campo de Atlanta, no pós-sal da Bacia de Santos, e no atual portfólio exploratório, que inclui participações em blocos nas bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Sergipe-Alagoas, Espírito Santo e na Bacia do Paraná, em terra.
“Primeiro precisamos entregar Atlanta e aí ver se faz sentido ter alguma coisa de exploração de mais baixo risco, que não contempla o leilão da ANP”, afirmou.
A concorrência está marcada para 13 de dezembro, sob o modelo da oferta permanente, em que as empresas podem indicar previamente o interesse pelas regiões.
No leilão deste ano serão ofertados blocos em águas rasas e profundas nas bacias de Pelotas, Potiguar e Santos, além de áreas maduras e de novas fronteiras, em terra.
Expansão para gás em terra
Em leilões recentes, a Enauta expandiu a atuação e contratou participações em quatro blocos de exploração (PAR-T-86, PAR-T-99, PAR-T-196 e PAR-T-215) nos estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, na Bacia do Paraná.
A província, de nova fronteira, é apontada como um potencial fonte de gás natural em terra, de menor custo na comparação com o offshore. O sucesso na exploração pode levar a companhia a estrear no modelo gas-to-wire (gás para a rede), de produção integrada à geração de energia elétrica.
A empresa produziu 15,4 mil barris equivalentes de óleo e gás (boe), em média, no 1º trimestre deste ano. Em 31 de março, possuía reservas certificadas de 168 milhões de boe (2P).
Além da operação do campo de Atlanta, é sócia da Petrobras e outros agentes no campo de Manati, de gás natural e operado pela Petrobras na Bahia
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