Com o atual crise do petróleo, o mercado de serviços, uma vez mais, terá que buscar eficiência para tocar novos projetos. O setor de serviços, grande responsável pela redução de custos na cadeia de óleo e gás na última década, tenta agora encontrar soluções para reaver os investimentos pesados em tecnologia, com novos modelos de negócio.
“Não tem mais espaço para redução de 30 a 50% no preço, como fizemos antes. Já exaurimos o que existia de low-hanging fruit, já houve um enxugamento. Eu acredito muito mais em situações de inovação de negócios, em que as empresas vão trilhar parcerias, investir no futuro, e conseguirão fazer um alinhamento entre risco de negócio e risco do projeto, alinhando os objetivos finais”, afirmou José Firmo, presidente da Porto do Açu Operações, em webinar do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI).
Neste mês, a Porto do Açu Operações, responsável pela gestão do complexo portuário da Prumo Logística, em São João da Barra (RJ), começa a atuar em parceria com o grupo de navegação Norsul na cabotagem de contêineres entre os portos do Rio e do Açu, na modalidade feeder short distance (transporte marítimo de curta distancia). A gestão comercial será feita em conjunto pelas duas empresas, que também desenham um projeto na importação e armazenagem de fertilizantes.
“Temos uma indústria de serviços enfraquecida, ao final de um longo ciclo de investimentos em tecnologia nos últimos anos, que agora precisa uma vez mais se reinventar e encontrar novas formas de eficiência para perdurar essa fase de crise que a indústria petroleira está entrando, talvez a maior da história”, explicou José Firmo.
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Em maio, a empresa fechou outra parceria, desta vez com a Oil Group Investimentos em Refinarias, que atua na exploração, produção e refino de petróleo, para instalação de uma refinaria modular no empreendimento portuário.
O projeto, orçado em U$ 300 milhões, está previsto para entrar em operação em 2024, com capacidade inicial para processar 20 mil barris/dia de óleo, podendo expandir no refino de até 50 mil barris/dia, com foco na produção de derivados claros. Mais recentemente, o Oil Group e a Enp firmaram um acordo com a meta de construir uma unidade no Espírito Santo.
“A expansão do parque brasileiro de refino é um investimento estratégico e urgente. Há uma clara demanda por energia no Brasil, a ser atendida a partir do investimento em projetos inteligentes e inovadores, como este. O país deve dominar todo o processo industrial de petróleo para não ficar sujeito a flutuações no mercado mundial e refém da disponibilidade de tais instalações em outros países. É uma questão estratégica para o Brasil”, afirmou o diretor de Downstream da Oil Group, Luiz Otávio Massa, no anúncio do acordo com o Açu.
De acordo com a Oil Group, um dos principais diferenciais do Açu para implantação da refinaria são a área disponível para a construção do Projeto e o hub de óleo já em desenvolvimento, além da possibilidade do trabalho em sinergia com as empresas da cadeia offshore já instaladas.
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