RIO — O projeto BM-C-33 significará uma “grande mudança” no papel da Repsol Sinopec Brasil como comercializador de gás natural, afirma o gerente de Comercialização de Gás na companhia, Andrés Sannazzaro.
Uma das três principais produtoras privadas de gás do Brasil, a Repsol Sinopec vende, hoje, os seus volumes para a Galp. Não comercializa o seu gás firme, portanto, diretamente no mercado.
“Sem dúvida vamos ter um papel comercializador estratégico. Somos hoje um produtor importante, mas a quantidade não é tão relevante como o BM-C-33. Vai significar uma grande mudança e estamos nos preparando para assumir esse desafio”, disse Sannazzaro ao estúdio epbr, durante participação no Seminário de Gás Natural do IBP.
Segundo ele, a Repsol Sinopec quer construir um portfólio diversificado de produtos e clientes.
“A ideia é ter um portfólio em que possamos colocar diferentes volumes com diferentes níveis de risco e diferentes preços”, comentou.
Lei do Gás deu conforto para investimento
O gás do BM-C-33 está previsto para chegar ao mercado a partir de 2028. O projeto terá uma capacidade de entrega de 14 milhões de m3/dia – o equivalente a 15% da demanda nacional estimada na partida.
Sannazzaro conta que a Lei do Gás, de 2021, foi um marco para a segurança jurídica da abertura do mercado no Brasil.
“Não é casualidade que tenhamos tomado [a decisão de investimento] dois anos apenas depois da Lei do Gás. Foi um marco que estabeleceu a base para um mercado mais aberto. Deu um conforto para as empresas”, disse.
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