RIO – As vendas de combustíveis pelas distribuidoras em 2019 cresceram 2,9% em relação ao ano anterior, saltando de 136 bilhões de litros para 140 bilhões de litros. O crescimento foi alinhado com a evolução nas vendas de diesel B, que subiram de 55,64 bilhões de litros para 57,29 bilhões de litros, uma evolução também de 2,9% na mesma base de comparação. Os números foram apresentados pela ANP nesta terça-feira (18), em evento no Rio de Janeiro.
Para a agência, os números foram puxados pelo aumento no volume de licenciamentos de veículos novos e sinalizam “um indício” de recuperação econômica.
A ANP destaca a ampliação da participação de biocombustíveis na variação anual, com ênfase na evolução do biodiesel e do etanol hidratado. O biodiesel apresentou maior avanço, com variação de 8,6% nas vendas, subindo de 5,38 bilhões de litros vendidos em 2018 para 5,84 bilhões de litros em 2019. A evolução da marca no mercado de biodiesel é atribuída pela ANP ao aumento da mistura obrigatória do combustível ao diesel convencional, que subiu para 11% em setembro do ano passado.
Já o consumo de etanol hidratado cresceu 16,2%, de 19,3 bilhões de litros em 2018 para 22,5 bilhões de litros no ano passado. De acordo com a ANP, a evolução positiva é devida, sobretudo, ao ganho de competitividade do combustível frente à gasolina do tipo C nos estados com maior consumo e produção de etanol.
A gasolina C teve queda nas vendas, saindo de 38,3 bilhões de litros para 38,1 bilhões de litros, uma queda de 0,56% . Já o etanol anidro acompanhou essa queda de 0,56%. Na variação do etanol total, que soma anidro e etanol, houve aumento do volume de vendas de 10,3%, de 29,7 bilhões de litros para 32,8 bilhões de litros.
As vendas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) foram reduzidas de 13,2 bilhões de litros, o que equivale a 7,31 milhões de toneladas, para 13,2 bilhões de litros (7,29 milhões de toneladas), uma queda de 0,3% entre 2018 e 2019. A queda é atribuída à elevação dos preços ao longo do ano de 2019.
A venda de querosene de aviação (QAV) caiu 2,5% entre 2018 e 2019, de 7,16 bilhões de litros para 6,98 bilhões de litros. Para a ANP, a variação é devida ao encerramento das operações da Avianca no Brasil. Já o óleo combustível teve queda de 18,2% , de 2,3 bilhões de litros para 1,89 bilhões de litros na mesma base de comparação.
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