Petróleo e Gás

Venda de campos da Petrobras na Bahia será reavaliada sob "nova ótica", diz Prates

Esta semana, Lula (PT) exigiu publicamente que a Petrobras interrompa a venda de todos os ativos

Karavan O&G e Seacrest Capital compram 27 campos da Petrobras no Espírito Santo. Na imagem: Cavalo-de-pau para exploração onshore (em terra) de petróleo, com sol baixando e céu alaranjado ao fundo (Foto: Divulgação Somoil)
Cavalo-de-pau para exploração onshore de petróleo (Foto: Divulgação Somoil)

RIO — O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reiterou, nesta quinta-feira (23/3), que a companhia respeitará os contratos assinados para venda de ativos. A alienação dos ativos do Polo Bahia Terra, contudo, será reavaliada sob “uma nova ótica” e ainda não há decisão sobre o futuro dos campos terrestres que compõem o ativo — em negociação com o consórcio PetroReconcavo/Eneva.

“O que está assinado será cumprido, o que não está assinado será revisto”, comentou, ao ser questionado por jornalistas sobre o futuro do Polo Bahia Terra.

“[A negociação do Polo Bahia Terra] Vai continuar sendo tratado dentro de uma nova ótica”, disse Prates.

Ele lembrou que, no caso do conjunto de campos terrestres da Bahia, o acordo não está finalizado, nem assinado. Em 2022, a empresa abriu negociações para venda do ativo para a PetroReconcavo/Eneva, mas não chegou a assinar contrato.

Segundo a PetroReconcavo, a empresa adiantou R$30 milhões à Petrobras, para iniciar a fase de negociação dos termos e condições para a potencial aquisição das concessões associadas ao Polo Bahia Terra

Lula exige interrupção de vendas

Esta semana, o presidente Lula exigiu publicamente que a Petrobras interrompa a venda de todos os ativos.

“A gente já avisou para o presidente da Petrobras, o companheiro Jean Paul [Prates], que é preciso suspender todas as vendas de ativos. Não tem condições de continuar vendendo”, disse Lula, em entrevista ao Brasil 247, na terça (21/3).

Semana passada, a Petrobras comunicou que mantém venda de ativos com contratos assinados. São negócios fechados com Grepar Participações (venda da Lubnor), 3R Petroleum, Seacrest e BW Energy.

Em resposta, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou uma paralisação para sexta (24/3). E promete que a categoria vai entrar em estado de greve até isso mudar.

“Tem uma briga jurídica que a gente quer resolver e vamos resolver na política e não [na área] jurídica”, disse Lula, ao ser questionado sobre a intenção da Petrobras de continuar as negociações nos casos em que há contratos assinados.

estúdio epbr | O CEO da Petrobras concede entrevista coletiva à imprensa para apresentar as estratégias de sua gestão. Assista na epbr!