BRASÍLIA – A Urca Trading, associada do Grupo Urca Energia, anunciou na terça (22/8) que vai investir R$ 5 milhões para entrar na modalidade varejista do ambiente de contratação livre (ACL) de energia.
A expectativa é alcançar cerca de 2 mil clientes até o fim de 2024 entre indústrias de pequeno porte e varejistas previstos para migrar do ambiente regulado com a abertura do mercado livre para todos os consumidores de média e alta tensão em janeiro do ano que vem.
O grupo Urca Energia já atua hoje em diversas áreas do segmento de energia limpa e renovável. A entrada da Urca Trading na modalidade varejista mira nichos de mercado em que os clientes têm uma fatura mensal de eletricidade de, pelo menos, R$ 10 mil.
Fundada em 2018, a empresa que atua no trading de energia soma mais de 3.600 GWh comercializados, com mais de R$1,1 bi em contratos de energia.
“A abertura do Mercado Livre de Energia é uma grande transformação para a economia brasileira e permitirá tornar as indústrias e o varejo mais competitivos. A Urca Trading oferecerá uma solução simples e sem burocracia para quem quer migrar, fazendo todo o processo junto à Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE)”, comenta o CEO da Urca Trading, Dante Beneveni.
Nas operações na ACL, a Urca Trading entregará I-Recs, certificado que rastreia e comprova a origem renovável da energia contratada pelo cliente, e um selo de energia renovável.
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Juntos, selo e certificado garantem a procedência da energia renovável consumida e comprovam a compensação de emissão de GEE da empresa.
Beneveni explica que chancela é crucial nos inventários de emissão das empresas e comunicação aos clientes finais com metas de descarbonização.
“A Urca Trading está focada em fomentar a descarbonização das empresas brasileiras. Dessa forma, a expansão das fontes renováveis no país será uma consequência natural da abertura do ACL, já que mais consumidores estarão aptos a consumir este tipo de energia, com necessidade de expansão da oferta”, completa.
Mais de 5 mil consumidores já pediram para migrar
Mais de 5 mil consumidores já solicitaram a migração para o mercado livre de energia elétrica em 2024, segundo levantamento feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com as distribuidoras. Os dados estão em nota técnica publicada pela agência que propõe novas regras para a comercialização varejista.
A partir de janeiro, o mercado livre de energia será aberto para todos os mais de 200 mil consumidores do grupo A, que incluem clientes de alta e média tensão, assim como aqueles que recebem energia por linhas subterrâneas. A estimativa é que 72 mil clientes migrem, já descontando aqueles que optaram por outros modelos de contratação de energia, como a geração distribuída.
Na nota técnica, a Aneel informou que fez uma consulta às distribuidoras a respeito dos pedidos de migração. Quase metade das solicitações já pedem a mudança a partir de janeiro.
