RIO — A Urca Gás, comercializadora do Grupo Urca Energia, pretende injetar biometano na malha de gasodutos da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) a partir de 2024.
As empresas assinaram nesta terça (30/5) um memorando de entendimentos para avançar com o projeto – que promete ser o primeiro a introduzir o gás renovável na rede de transporte.
A injeção permitirá que o biometano produzido pela Gás Verde, empresa do mesmo Grupo Urca, no aterro de Seropédica, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, seja comercializado em diferentes estados.
A Gás Verde produz cerca de 120 mil m3/dia em Seropédica. De lá, a Urca pretende levar o biometano, por carretas, até Japeri, a 23 km de distância, para injeção na malha da NTS.
Pelos termos do memorando, as empresas concluirão os estudos técnicos no período de quatro meses. Após essa etapa, o projeto entra em fase de implantação, para que a operação se concretize em 2024.
Hoje, os principais produtores de biometano do país não injetam o gás na malha de transportes.
A planta GNR Fortaleza, por exemplo, foi pioneira ao injetar o gás renovável na rede de distribuição da Cegás (CE).
Já o projeto de Cocal, no interior de São Paulo, se tornou este ano o primeiro sistema isolado de distribuição de biometano do país, construído pela GasBrasiliano. A usina abastece os municípios de Presidente Prudente, Narandiba e Pirapozinho.
O projeto tornou-se uma alternativa de suprimento a esses municípios — que estão a 200 km do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) e não justificavam economicamente um projeto convencional de conexão à rede integrada da GasBrasiliano.