A Proquigel comunicou ao Sindiquímica que vai paralisar sua fábrica da Unigel na Bahia e demitir os 384 funcionários, diretos e indiretos, que trabalham na planta em Camaçari, informou o sindicato nesta sexta-feira (3/11). O Sindiquímica Bahia recebeu na última quarta-feira uma carta da Proquigel, operadora da planta, informando sobre a decisão.
A empresa afirmou à agência epbr que o envio do aviso prévio aos funcionários é uma “medida protetiva”, que pode ser revertida a qualquer momento no período de 30 dias. A Unigel afirmou que continua em negociação com a Petrobras para viabilizar a operação da Unigel Agro Bahia.
Na carta enviada ao sindicato, a Proquigel afirma que opera a “Unigel Agro BA (FAFEN-BA) de forma deficitária desde o final de 2022, especialmente em razão do alto custo do gás natural fornecido pela Petrobras que torna o preço final do produto acabado (fertilizantes) impraticável face aos preços praticados no mercado internacional”.
A companhia afirma, na carta, que propôs um contrato de tolling à Petrobras, mas que, até o momento, a petroleira não manifestou interesse. Nessa modalidade, a Petrobras usaria a própria matéria-prima e pagaria para usar a capacidade de processamento da planta.
Um acordo com a petroleira também está sendo negociado para a unidade de Sergipe, segundo o governador sergipano, Fábio Mitidieri, informou em entrevista ao estúdio epbr durante a OTC Brasil 2023.
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Como o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou em agosto, a estatal está avaliando uma parceria com a Unigel para retomar a operação das duas fábricas de fertilizantes arrendadas em Sergipe e na Bahia. Segundo o executivo, a parceria deve incluir a produção de hidrogênio verde. Um acordo já havia sido assinado, nesse sentido, para a planta da Bahia.
Segundo o sindicato, a Unigel na Bahia tem 384 trabalhadores envolvidos na produção da unidade, entre 264 funcionários diretos e 120 indiretos.
“A nossa preocupação enquanto sindicato que defende os direitos dos trabalhadores é a preservação dos postos de trabalho, com uma solução imediata que venha do governo da Bahia ou do governo federal, por meio da Petrobras, que pode retornar a operação com as Fafens. Independentemente da solução encontrada, queremos a garantia de que todos os trabalhadores serão aproveitados”, disse o José Pinheiro, diretor do Sindiquímica Bahia.