Três eólicas offshore em licenciamento no Ibama

Creative Commons/ Askjell
Creative Commons/ Askjell
Creative Commons/ Askjell

O Ibama conta atualmente com três projetos de produção de energia eólica marítima em andamento. O Brasil ainda não tem tradição neste tipo de produção de energia já que possui muita espaço para desenvolvimento da energia eólica onshore, hoje mais barata que produção marítima.

Em alguns países produtores de petróleo a produção eólica offshore atrelada a produção offshore de petróleo tem reduzido custos e trazido bons resultados. É o caso da Noruega, onde a Statoil tem investidos em projetos deste tipo.

Por aqui, a Petrobras está apostando em uma turbina piloto no campo de Ubarana, em águas rasas da Bacia Potiguar. O campo, contudo, está no programa de desinvestimentos da estatal e o projeto pode mudar de mãos.

Abaixo, um panorama dos projetos que estão em licenciamento no Ibama:

Complexo Eólico Marítimo Asa Branca I

O projeto do Complexo Eólico Marítimo Asa Branca I (400 MW) é formado por 10 (dez) Parques Eólicos Marítimos (Sabiaguaba I; Sabiaguaba II; Caetanos I; Caetanos II; Icaraizinho I; Icaraizinho II; Moitas I; Moitas II; Patos I; e Patos II), com 5 (cinco) aerogeradores cada, totalizando 50 (cinquenta) aerogeradores marítimos. Cada parque planejado ocupa 722,43 hectares, totalizando uma área marítima de 7.224,33 ha, que, somados à faixa marítima de passagem do cabo mar-terra de 230 kV, totaliza 7.243,58 hectares no litoral do município de Amontada/CE, em área com 15 km de frente ao continente por 5 km de largura, em direção ao alto-mar, a uma distância entre 3 km e 8 km da praia, com profundidades variando entre 7 e 12 metros.

O empreendimento terá a sua própria Linha de Transmissão de interesse restrito, a LT 230 kV MOITAS- PECÉM II – com 230 kV e 120 km. O projeto prevê o uso de navios-plataforma auto elevatórios de baixo calado para instalar as fundações, peças de transição, torres, naceles, pás, cabos de controle/elétricos submarinos e o enrocamento em torno das fundações. Será preciso contratar uma área portuária e retroportuária na beira do cais do porto do Pecém, de onde serão descarregados e armazenados os componentes importados.

O projeto de Asa Branca é da Eólica Brasil e começou a ser desenvolvido no início dos anos 2000. Procuramos a empresa, mas não foi possível verificar a atual situação do projeto.

Complexo Eólico Caju – Offshore

Complexo Eólico com 15 aerogeradores, totalizando 30 MW de potência instalada, localizado em Zona de transição terra-mar, no território dos municípios maranhenses de Tutoia e Araioses.

EOL Planta Piloto de Geração Eólica Offshore – 5 MW 

A Petrobras está licenciando um projeto piloto para geração eólica offshore no campo de Ubarana, na Bacia Potiguar. A petroleira vai instalar uma torre com aerogerador, uma torre anemométrica e um cabo submarino umbilical elétrico-óptico de aproximadamente 1 km de extensão a cerca de 20 km da costa de Guamaré, em uma região com lâmina d’água média entre 12 m e 16 m.

A empresa já iniciou o licenciamento ambiental do projeto. A torre do aerogerador será instalada a cerca de 1 km de distância com relação à Plataforma de Ubarana 3 (PUB-3). O aerogerador possuirá potência nominal de 5 MW e será conectado através do cabo submarino umbilical elétrico-óptico à plataforma PUB-3.

A medição da energia gerada será efetuada na própria plataforma, que já estará conectada à rede em terra quando da instalação da planta piloto de geração eólica offshore. O aerogerador será operado remotamente e os dados medidos pela torre anemométrica serão enviados via rádio para a PUB-3.