A Suíça se prepara para endurecer sua legislação sobre serviços financeiros, acrescentando maiores exigências com foco em sustentabilidade. Nesta semana o governo tornou-se um apoiador oficial da Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD, na sigla em inglês).
Agora, pretende elaborar e aprovar um projeto de lei que tornará as recomendações da TCFD vinculativas.
A força-tarefa é ligada ao Conselho de Estabilidade Financeira, de Basiléia, e emite recomendações para ajudar investidores e empresas a avaliar sua exposição ao risco das mudanças climáticas em quatro áreas: governança, estratégia, gestão de risco e métricas.
O governo pretende começar já uma série de consultas com o setor privado para buscar sugestões para a nova legislação, mas até que o projeto seja aprovado, as empresas foram instruídas a adotar as recomendações da força-tarefa para se prepararem para o novo regime.
Recentemente, o governo do país recomendou que os gestores de ativos de organizações financeiras com atuação no país tornem público até que ponto consideram os riscos climáticos e ambientais em suas estratégias de investimento.
Até 2022 o governo pretende divulgar uma pesquisa que avaliará a conformidade da indústria com essas recomendações.
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Fundos ESG somam menos de 6%
Atualmente fundos de investimento geridos sob critérios de sustentabilidade – os chamados ESG, com exigências ambientais, sociais e de governança – somam menos de 6% dos valores movimentados em todos os fundos mútuos suíços.
Dos 24 bancos do país, só nove instituições oferecem seus próprios fundos ESG.
Mas o esforço do governo para fortalecer a divulgação de dados acerca de riscos climáticos e ambientais pode fortalecer o cenário de crescimento para esses fundos. A suíça também tem tentado se aproximar de padrões da União Europeia para divulgação de dados de sustentabilidade no mercado financeiro.
No mundo todo, em torno de US$ 30 trilhões em investimentos já seguem critérios ESG. A Europa libera o movimento que vem fortalecendo esse tipo de investimento.
O governo suíço divulgou que também analisará a possibilidade de sediar uma futura conferência climática da ONU no país.
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