COP30

Silveira refuta críticas sobre petróleo e diz ser aplaudido por ambientalistas de bom senso

Ministro disse que MME liderou pelos biocombustíveis, hidrogênio verde e Combustível do Futuro

Conteúdo Especial

Alexandre Silveira participa de audiência pública na Câmara sobre petróleo, energia nuclear e usina de Itaipu (Foto Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
Alexandre Silveira participa de audiência pública na Câmara sobre petróleo, energia nuclear e usina de Itaipu (Foto Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD), refutou, nesta segunda-feira (10/11), as críticas sobre a alegada contradição entre a exploração de petróleo na Margem Equatorial e a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

Ele disse ainda, em conversa com jornalistas em Belém (PA), ser “aplaudido por ambientalistas de bom senso”.

“Eu estou sendo aqui aplaudido pela maior parte dos ambientalistas que têm bom senso, que veem que o Brasil e o Ministério da Energia liderou pelos biocombustíveis, liderou pela regulamentação do hidrogênio verde, liderou pela lei do Combustível do Futuro e liderou com a transição energética“, respondeu.

O processo de licenciamento ambiental sobre o bloco chamado de FZA-M-59 foi iniciado em 2014. O empreendimento era administrado majoritariamente pela BP Energy Brasil e só em 2020 houve a transferência da operação para a Petrobras.

Segundo argumentos de interlocutores do governo, a liberação perto da COP30 foi coincidência, já que o processo se arrasta por anos. Alexandre Silveira, em outros momentos, já falou que seria hipocrisia aguardar o fim da Conferência para a liberação.

“O nosso petróleo é o mais descarbonizado do planeta e nós temos uma empresa que faz com a maior segurança a exploração”, declarou o ministro. Um argumento utilizado com recorrência por técnicos da pasta de Minas e Energia é que eventual interrupção na produção de petróleo no Brasil significaria um aumento das emissões de carbono.

Esse argumento parte da premissa de que a demanda pelo combustível fóssil não será reduzida no curto e médio prazo. Se não houver produção no Brasil, haverá necessariamente em outro país.

Como a produção brasileira tem emissão menor em relação a diversos outros países, seria natural supor, conforme essa argumentação, que a emissão de poluentes aumentaria.

A média mundial de produção de um barril de petróleo está em torno de 20 kg de CO2 equivalente. No Brasil, a média está entre 15 e 16 kg de CO2 equivalente por barril de óleo equivalente.

Por Renan Monteiro e Mateus Maia

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