As questões ambientais vêm transformando os combustíveis fósseis em uma espécie de vilão global, avaliou o diretor-geral aprovado pelo Senado para a ANP, Rodolfo Saboia. Ele acredita que o país precisa ser ágil e inteligente se quiser transformar suas reservas de petróleo e gás em riqueza e prosperidade para os brasileiros. Apontou o pico da demanda global por petróleo em 2040, quando se espera o declínio a partir de então.
A indicação de Saboia foi confirmada pelo Plenário do Senado na noite desta terça (20/10). Vai tomar posse, contudo, depois de 23 de dezembro, quando terminaria o mandato do ex diretor-geral Décio Oddone, que renunciou ao cargo em março.
E afirmou como importante a retomada dos leilões de petróleo e gás no país, no governo de Michel Temer. “Nesse sentido, foi muito bem-vinda a retomada dos leilões a partir de 2017, como também a rodada de partilha e do excedente da cessão onerosa e a oferta permanente”, disse.
Saboia defendeu o Renovabio como programa capaz de promover a expansão dos biocombustíveis na matriz energética brasileira, garantindo a regularidade do abastecimento, e induzir ganhos de eficiência energética e redução da emissão de gases de efeito estufa na produção, comercialização.
“Segundo a Agência Internacional de Energia, em 2019 foi observada uma estabilização nas emissões globais de CO2, o que é bom. Essa agência estimou também que essa estabilização se deveu à mudança da matriz energética dos países desenvolvidos pela expansão principalmente de fontes de energia renováveis”, disse durante sua sabatina na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.
Custo regulatório
O novo diretor-geral da ANP enxerga a redução do custo regulatório impresso com a oferta permanente como um fator de aumento da atratividade das áreas exploratórias no país. Defendeu a simplificação regulatória para que empresas tenham interesse em cada um dos segmentos do upstream nacional, seja no pré-sal, em águas rasas ou terra.
O segundo ciclo da oferta permanente já foi iniciado e terá leilão no próximo dia 3 de dezembro. Os setores que estarão disponíveis para leilão, a partir das nominações de áreas feitas pelas empresas, serão divulgados pela agência no próximo dia 3. Até o momento a ANP tem 63 empresas inscritas para participar da oferta permanente, entre majors, independentes e empresas de pequeno porte.
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E afirmou que a Petrobras deverá continuar atuando como um player importante em todo o setor petróleo brasileiro.
“Não imagino um cenário em que a Petrobras deixe de ser um ator importante na atividade de exploração e produção no Brasil”, defendeu o novo diretor-geral da ANP.
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