Maior estado consumidor de energia do Brasil, São Paulo atingiu em 2019 a menor taxa de emissão de gás carbônico em sete anos, graças, sobretudo, à queda no consumo de gasolina e à redução de emissões envolvidas nas atividades do setor energético. As emissões do estado recuaram 0,5% na comparação anual, para 71,5 milhões de toneladas de CO2 no ano. Em 2018, o estado havia emitido 71,87 milhões de toneladas.
No período, as emissões provocadas pelo consumo de gasolina na soma de todas as atividades da economia recuaram 5,7%. Em 2018, o consumo do combustível representou a emissão de 13,08 milhões de toneladas de CO2/ano. Em 2019, o consumo de gasolina no estado foi responsável pela emissão de 12,33 milhões de toneladas de CO2/ano.
Os dados mostram que o volume de emissões atingido por São Paulo em 2019 é o menor da série histórica, iniciada em 2013. Os valores constam das duas edições anuais do Balanço Energético do Estado, divulgados pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA).
O balanço de 2019 foi publicado na quarta-feira (16). A unidade de medida considerada para os dados de emissões registrados no documento foi milhão de toneladas de CO2 por ano (106 t CO2/ano).
Ainda que a queda de emissões com o consumo de gasolina tenha sido relevante, o consumo de combustíveis derivados de petróleo permanece como a principal causa das emissões no estado. No período, a maior contribuição negativa para as emissões coube ao consumo de óleo diesel, que subiu de 30,30 milhões de toneladas de CO2/ano em 2018 para 31,12 milhões de toneladas de CO2/ano em 2019. A variação representa um aumento de 2,7%.
Em segundo lugar está justamente o consumo de gasolina, seguido pela queima de gás natural. Em 2019, São Paulo emitiu o equivalente a 11,43 milhões de toneladas de CO2/ano com a utilização de gás natural na soma de todas as atividades econômicas. No ano anterior, o estado havia emitido 11,54 milhões de toneladas de CO2/ano. Os dados representam um recuo de 0,9% nas emissões a partir da queima de gás natural.
No ano de 2019, São Paulo registrou também a menor taxa de emissões per capta da série histórica, emitindo 1,614 toneladas de CO2 por habitante. Em 2018 foi registrada a emissão de 1,634 toneladas de CO2 por habitante.
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Produção de energia puxa redução de emissões entre setores da economia
Na segmentação por atividade econômica, a maior contribuição para a queda de emissões foi dada pela atividade do setor energético, onde as emissões de CO2 recuaram 7,1%. Em 2018, o setor emitiu o equivalente a 3,185 milhões de toneladas de CO2/ano. Já em 2019, as emissões somaram 2,956 milhões de toneladas de CO2/ano.
No período, o setor reduziu o consumo de gás proveniente de refinarias de 2,472 milhões de toneladas de CO2/ano em 2018 para 2,231 milhão de toneladas de CO2/ano no ano seguinte, uma queda de 9,7%.
O consumo de energia elétrica no estado de São Paulo em 2019 – incluindo autoprodutores – foi de 151.120 GWh. O valor representa um acréscimo de 0,53% em relação ao ano anterior, quando ao consumo total de energia foi de 150.352 GWh.
Quase todos os setores apresentaram crescimento de consumo, com a exceção do setor industrial, que mostrou queda de 3,1%, puxada, principalmente, pelo setor químico, com recuo de 7,37% no período; e pela produção de ferro gusa e aço, cujo consumo caiu 7,14%.
O crescimento foi puxado pelo setor agropecuário, que evoluiu positivamente em 5,76%. O setor comercial teve aumento de consumo de 4,06%, enquanto o setor residencial aumentou seu consumo de energia em 2,75%.
Também foi registrada queda na autoprodução de energia também apresentou queda de 4,03% no período, caindo do patamar de 14.273 GWh de consumo em 2018 para 13.698 GWh em 2019.
A geração de energia elétrica a partir de usinas a biogás foi de 77.670 kW, a partir de resíduos de madeira, de 66.000 kW e por meio de usinas solares fotovoltaicas, de 382.500 kW de potência instalada
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