BELO HORIZONTE — Os veículos elétricos vão corresponder a 23% do total da frota leve licenciada em 2035, indica o Caderno de Eletromobilidade do PDE 2035 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Ministério de Minas e Energia (MME).
Ao todo, 784 mil novos veículos elétricos devem ser licenciados no ano, segundo a projeção.
O documento (.pdf), publicado na terça-feira (18/11), projeta que a frota eletrificada para este segmento atingirá 3,7 milhões de veículos, com a manutenção da tecnologia flex fuel como predominante no país.
A expansão da frota já vem ocorrendo. Em 2024, as vendas de eletrificados cresceram 89% na comparação anual, com um salto de 219% nos veículos 100% elétricos (BEVs).
O estudo aponta que o crescimento será impulsionado ainda pela maior oferta de modelos e pela queda de preços em relação a veículos a combustão interna, além do avanço tecnológico e das políticas públicas para a renovação de frota.
“Esse setor vai evoluir no país, podendo desenvolver a indústria e o setor de minerais críticos do país”, disse em nota o ministro do MME, Alexandre Silveira (PSD).
A projeção é que a eletrificação também cresça entre os caminhões, principalmente em modelos semileves e leves, com 19% dos licenciamentos de elétricos a bateria previstos para cada uma dessas categorias em 2035.
Em dez anos, a frota de caminhões (BEV e híbridos) deve alcançar 43 mil unidades. Entretanto, a utilização de diesel deve continuar entre caminhões pesados e semipesados.
O crescimento da eletrificação deve aumentar a demanda de eletricidade de 627 GWh, em 2025, para 7,8 TWh em 2035.
A EPE destaca que a disponibilidade de minerais estratégicos para baterias pode ser um desafio para a eletrificação, mas que o Brasil tem grande disponibilidade de biocombustíveis sustentáveis, que permitem ao país gerenciar a transição de forma equilibrada.
