LYON (FR) — A maioria dos profissionais da construção civil do Brasil (79%) considera a construção sustentável uma prioridade. Entretanto, apenas 9% se sentem informados o suficiente para colocá-la em prática, enquanto a média global é 28%, segundo a pesquisa Barômetro da Construção Sustentável (.pdf), da Saint-Gobain em parceria com a Occurrence-Ifop.
O levantamento foi realizado com 4 mil stakeholders, entre profissionais da construção, estudantes, representantes públicos e membros de associações, e 27 mil cidadãos, em 27 países.
Entre as dificuldades para transformar a conscientização em ações concretas estão as barreiras ligadas à formação técnica e ao acesso à informação. Os estudantes são o grupo que se considera menos informado sobre o tema, com apenas 21%.
Além disso, o estudo aponta que a oferta de treinamento ainda é insuficiente, com apenas 28% dos estudantes tendo declarado que receberam educação regular sobre o assunto.
Eficiência energética como fator mais importante
Mundialmente, os objetivos ambientais são vistos como uma alta prioridade na construção sustentável. Nesse contexto, a eficiência energética é a principal definição do termo (35%). Já a redução dos gastos com energia foi considerada o objetivo principal por somente 15% dos entrevistados.
A segunda definição de construção sustentável é a escolha de materiais ecológicos (31%) e, a terceira, a neutralidade de carbono (29%).
“Para que a construção sustentável se torne a norma, ela precisa não apenas ser melhor compreendida, mas também estar alinhada às expectativas de cidadãos e profissionais. Suas vantagens concretas em conforto, saúde e bem-estar ainda são subestimadas. Para avançarmos, é fundamental adotar uma abordagem ampla, sensível às realidades locais”, disse, em nota, o chairman e CEO global da Saint-Gobain, Benoit Bazin.