Onda de calor

Mudança climática deve atrapalhar carnaval e eventos esportivos; entenda

Onda de calor pode continuar em março e atrapalhar eventos como Carnaval

Consumo de energia elétrica aumenta em 6% com onda de calor que atravessa o Brasil. Na imagem: Termômetro, no centro do Rio de Janeiro, chega a marcar 40°C em meio a forte onda de calor, em 24/8/23 (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Cientistas alertam para aumento na frequência, intensidade e duração de eventos extremos climáticos, como calor, seca e inundações (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

LYON (FR) — O calor extremo se tornou pelo menos cinco vezes mais provável devido às mudanças climáticas e deve atrapalhar grandes eventos culturais e esportivos, aponta uma análise do Climate Central.

Segundo a organização de reportes científicos, em pleno mês de fevereiro, mais de 127 milhões de brasileiros enfrentam temperaturas extremas.

Os dados integram o Índice de Mudança Climática (ISC, do inglês Climate Shift Index), que compara a probabilidade de ocorrência das temperaturas registradas em um cenário sem as emissões humanas de carbono com a probabilidade no cenário atual, que tem décadas de emissões acumuladas na atmosfera.

Os dados do Climate Central apontam que mais de 127 milhões de pessoas no Brasil vivenciaram, pelo menos, um dia de calor nível 5 entre 14 e 20 de fevereiro. Já 170 milhões vivenciaram, no mínimo, um dia com calor nível 3. Segundo os autores da análise, isso indica uma influência muito forte das mudanças climáticas.

Essas temperaturas devem continuar, pelo menos, até o fim do mês.

“Com o aumento das temperaturas globais devido à queima de combustíveis fósseis, podemos esperar que mais ondas de calor coincidem com grandes eventos culturais, como o Carnaval, e com competições esportivas de grande porte, como o Rio Open”, explica a vice-presidente de ciências do Climate Central, Kristina Dahl.

Um dos lugares onde a temperatura pode atrapalhar o Carnaval é o Rio de Janeiro. Na semana passada (17/2), a cidade registrou a maior temperatura nos últimos dez anos, 44°C.

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