ROMA (IT) — A startup brasileira-americana Mirá Biotech fechou um contrato de exportação de 50 mil toneladas anuais de pellets de biomassa sustentável, a partir de 2025, para uma empresa do setor energético na Europa. O acordo tem valor estimado em US$ 7,5 milhões por ano, cerca de R$ 42 milhões.
O material pode ser utilizado como substituto do carvão mineral em processos industriais.
A tecnologia é patenteada provisoriamente pela empresa nos Estados Unidos e permite transformar resíduos agrícolas e industriais em pellets de biomassa de alta performance. De acordo com a companhia, cada tonelada vendida do material representa a redução de 2,5 toneladas de CO2.
“Nosso objetivo é acelerar a descarbonização da indústria global, oferecendo uma alternativa limpa, competitiva e escalável ao carvão. Este contrato é um marco não só para a Mirá, mas também para o setor de bioenergia no Brasil”, disse, em nota, o CEO e cofundador da startup, Gustavo Candelária.
Segundo Candelária, a expectativa é de que o fornecimento de pellets para a Europa e o valor anual cresçam significativamente nos próximos anos, com potencial para acordos de múltiplos anos e instalações.
Para ele, isso demonstra a crescente demanda por soluções energéticas sustentáveis e o reconhecimento do potencial do Brasil neste mercado.
A Mirá foi fundada em 2021 e tem capacidade de produção de até 50 mil toneladas por ano. A empresa foca em setores com forte dependência de carvão, como o de energia, cimento e aço. A tecnologia da companhia permite a utilização dos pellets em infraestruturas para carvão, sem necessidade de adaptações.