Substituto para o carvão

Mirá Biotech fecha contrato de exportação de pellets de biomassa para empresa de energia na Europa

Acordo prevê exportação de 50 mil toneladas anuais do material e tem valor estimado em US$ 7,5 milhões por ano

Usina térmica a carvão lançando grande volume de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera (Foto Steve Buissinne/Pixabay)
Usina térmica a carvão em operação (Foto Steve Buissinne/Pixabay)

ROMA (IT) — A startup brasileira-americana Mirá Biotech fechou um contrato de exportação de 50 mil toneladas anuais de pellets de biomassa sustentável, a partir de 2025, para uma empresa do setor energético na Europa. O acordo tem valor estimado em US$ 7,5 milhões por ano, cerca de R$ 42 milhões.

O material pode ser utilizado como substituto do carvão mineral em processos industriais.

A tecnologia é patenteada provisoriamente pela empresa nos Estados Unidos e permite transformar resíduos agrícolas e industriais em pellets de biomassa de alta performance. De acordo com a companhia, cada tonelada vendida do material representa a redução de 2,5 toneladas de CO2.

“Nosso objetivo é acelerar a descarbonização da indústria global, oferecendo uma alternativa limpa, competitiva e escalável ao carvão. Este contrato é um marco não só para a Mirá, mas também para o setor de bioenergia no Brasil”, disse, em nota, o CEO e cofundador da startup, Gustavo Candelária.

Segundo Candelária, a expectativa é de que o fornecimento de pellets para a Europa e o valor anual cresçam significativamente nos próximos anos, com potencial para acordos de múltiplos anos e instalações.

Para ele, isso demonstra a crescente demanda por soluções energéticas sustentáveis e o reconhecimento do potencial do Brasil neste mercado.

A Mirá foi fundada em 2021 e tem capacidade de produção de até 50 mil toneladas por ano. A empresa foca em setores com forte dependência de carvão, como o de energia, cimento e aço. A tecnologia da companhia permite a utilização dos pellets em infraestruturas para carvão, sem necessidade de adaptações.

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