Foz do Amazonas

Liberação para explorar petróleo não muda negociações na COP30, diz presidente designado

Corrêa do Lago não considera que tenha que ser considerado como algo que mude coisas na COP

Presidente da COP30, André Corrêa do Lago, durante encontro com jornalistas, em 10/3/2025 (Foto Rafa Neddermeyer/COP30 Amazônia/PR)
Presidente da COP30, André Corrêa do Lago, conversa com jornalistas, em 10 de março de 2025 (Foto Rafa Neddermeyer/COP30 Amazônia/PR)

O presidente designado da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), André Corrêa do Lago, refutou eventual impacto, do ponto de vista da negociação, com a licença referente ao bloco 59 na Margem Equatorial. “Eu não acho que tenha que ser considerado como algo que mude coisas na COP”, declarou nesta quinta-feira, 23, em coletiva de imprensa.

O Bloco FZA-M-59 está a 500 km da Foz do Amazonas, uma faixa ambientalmente sensível por abrigar, por exemplo, estações ecológicas, áreas marinhas protegidas, áreas de proteção permanente e reservas indígenas.

“Todo mundo sabia que esse tema estava evoluindo. A questão foi o momento em que a notícia foi dada e esse momento. É uma demonstração do quanto esse tema está sendo debatido de maneira muito aberta no Brasil e que as instituições brasileiras estão funcionando no ritmo que as coisas devem acontecer”, declarou.

O processo de licenciamento ambiental sobre o Bloco FZA-M-59 foi iniciado em 2014 e houve um longo trâmite para a liberação esta semana. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apontou em parecer técnico 29 condicionantes específicas, incluindo diversos planos de prevenção ambiental.

André Corrêa do Lago argumentou que a posição do Brasil é “fortalecida” e, como todos os países no processo de transição energética, é necessário fazer escolhas. “A transição em cada um dos países representa um grande desafio econômico e eu acredito que o Brasil demonstrou para o mundo que esse tema está sendo tratado ao mesmo tempo de maneira muito institucional”, disse.

Por Renan Monteiro e Mateus Maia

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