BRASÍLIA — A partir de 2025, as escolas brasileiras deverão trabalhar em sala de aula os temas mudanças do clima e proteção da biodiversidade. A diretriz é estabelecida pela Lei 14.926/24, sancionada por Lula (PT) na quarta-feira (17) e publicada no Diário Oficial da União desta quinta (18).
A nova lei modifica a Política Nacional de Educação Ambiental (Pnea — Lei 9.795, de 1999), acrescentando o estudo desses assuntos entre os objetivos da educação ambiental nacional.
As instituições de ensino têm 120 dias para se adaptarem às novas diretrizes.
O objetivo é que as escolas estimulem os estudantes a participar de ações de mitigação das causas das mudanças climáticas.
Para isso, os projetos pedagógicos, na educação básica e no ensino superior, deverão promover atividades relacionadas aos riscos e emergências socioambientais e a outros aspectos relacionados à questão ambiental e climática.
Riscos globais de 2024
O Relatório de Riscos Globais do Fórum Económico Mundial (WEF, em inglês) colocou os eventos climáticos extremos no topo da lista dos 10 principais riscos que as populações globais enfrentarão no longo prazo.
Nações estão despreparadas para lidar com mudanças potencialmente irreversíveis nos sistemas planetários, que podem ocorrer se o aquecimento global ultrapassar 1,5°C, previsto para a década de 2030.
Baseado nas percepções de quase 1.500 especialistas de várias áreas, o relatório publicado em janeiro deste ano destaca a ameaça imediata das condições meteorológicas extremas, mas mostra desacordo sobre a urgência de riscos como a perda de biodiversidade e o colapso dos ecossistemas.
Entrevistados mais jovens estão mais preocupados com esses riscos adicionais, indicando que a falta de ação imediata pode comprometer a mitigação das mudanças climáticas e perder oportunidades críticas para limitar os impactos severos. Veja a lista dos 10 maiores riscos
*Com informações da Agência Senado