Integração entre eólicas e produção de petróleo e gás offshore pode se tornar realidade no Brasil

Integração entre eólicas e produção de petróleo e gás offshore pode se tornar realidade no Brasil

A integração entre a geração de energia eólica no offshore e a produção de petróleo e gás natural em campos marítimos pode se tornar uma realidade no Brasil, dada a maturidade da indústria petrolífera e o potencial das eólicas.

É uma visão de futuro, já que as eólicas offshore ainda estão dando os primeiros passos no país.

“Conseguir gerar energia para as plataformas e integrar eólica offshore a produção de upstream é uma ambição que todos nós queremos e já estamos vendo se tornar realidade lá fora”, diz Letícia Andrade, presidente interina da Equinor no Brasil.

A empresa desenvolve projetos do tipo no Mar do Norte.

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Letícia Andrade participou do Backstage Rio Oil & Gas nesta terça. Veja a entrevista na íntegra

Por aqui, a Equinor iniciou o licenciamento no Ibama dos parques eólicos offshore Aracatu I e Aracatu II, com 4 GW, sendo 2 GW em cada um e possibilidade de ampliação para 2,33 GW.

O plano é instalar o primeiro parque eólico no litoral do Rio de Janeiro e o segundo, entre os estados do Rio e do Espírito Santo.

São projetos de alta capacidade. A título de comparação, foram instalados ao longo de 2019 um total de 6,1 GW de potência em parques eólicos offshore no mundo, segundo a GWEC. É um mercado em expansão, especialmente na China.

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Presente no mercado brasileiro desde 2001, a Equinor atua no campo de Peregrino, sendo responsável pela produção de mais de 200 milhões de barris ao longo desses anos. Agora desenvolve um dos maiores projetos do pré-sal da Bacia de Santos, o campo de Bacalhau.

“A gente pôde desenvolver uma organização local forte e competente que ajudou na plataforma para os investimentos e planos futuros”, comenta Letícia Andrade.

Atualmente, a Equinor trabalha na instalação de uma terceira plataforma no campo de Peregrino, que vai aumentar a recuperação de óleo do reservatório entre 250 milhões e 350 milhões de barris.

O projeto inclui a substituição de diesel por gás natural na geração de energia para os equipamentos do campo.

“Estamos trabalhando em uma forma mais eficiente de continuar produzindo com menor emissão de CO2. Estamos substituindo o diesel, usado para gerar energia na plataforma, por gás natural, reduzindo em 25% a emissão do campo. É possível produzir óleo e gás com menor emissão e de forma lucrativa”, afirma a executiva.

O “primeiro óleo” dessa nova fase de Peregrino é planejado para o ano que vem. Já o projeto de Bacalhau, na bacia de Santos, deve começar a produzir em 2024.

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