Transporte marítimo

EUA aprovam primeiro navio de abastecimento de amônia

O projeto, que visa operações comerciais até 2030, é parte de um esforço global para descarbonizar o setor marítimo

EUA aprovam primeiro navio de abastecimento de amônia (Foto: Divulgação Sumitomo Corporation)
Navio de amônia visa descarbonizar transporte marítimo (Foto: Divulgação Sumitomo Corporation)

RIO — O American Bureau of Shipping (ABS) – organização independente de classificação e certificação marítima – anunciou a primeira aprovação preliminar (AiP, na sigla em inglês) de um navio de abastecimento de amônia nos Estados Unidos.

A AiP significa que o projeto atende, em princípio, aos requisitos regulatórios, mas ainda depende de revisões mais detalhadas antes de uma aprovação final. 

O projeto, que visa operações comerciais até 2030, é parte de um esforço global para descarbonizar o setor marítimo, e conta com empresas como Fleet Management Limited, Sumitomo Corporation e TOTE Services, e Maersk no seu desenvolvimento.

“A ABS está comprometida em dar suporte à indústria marítima enquanto ela busca operações de baixo carbono e mais sustentáveis. Temos amplo conhecimento sobre o desenvolvimento e a aplicação da amônia como combustível marítimo e temos orgulho de compartilhar nossos aprendizados com esta equipe”, disse Panos Koutsourakis, vice-presidente de Sustentabilidade Global da ABS.

Consumo de amônia nos Estados Unidos

A projeto faz parte de uma iniciativa do consórcio RADIUS, que reúne empresas do setor marítimo, e que está conduzindo estudos de viabilidade sobre o abastecimento de amônia com emissões reduzidas ao longo da costa leste dos EUA. 

Projeções da Bloomberg NEF indicam que os EUA representarão 41% da oferta mundial de amônia com baixa emissão até o final da década.

Além disso, o projeto busca desenvolver uma cadeia de suprimento eficiente para aquisição, transporte e armazenamento de amônia como combustível marítimo.

A amônia é vista como uma das soluções mais promissoras para reduzir diretamente as emissões de GEE no setor naval, alinhando-se às metas da Organização Marítima Internacional (IMO) de reduzir em pelo menos 20% as emissões do transporte marítimo até 2030 e atingir zero emissões líquidas até 2050.