Equinor aprova investimento para eletrificar campos offshore de Gullfaks e Snorre

Hywind Tampen será o primeiro projeto do mundo a usar turbinas eólicas para eletrificação de instalações de petróleo e gás

Hywind Tampen, usina eólica offshore da Equinor na Noruega (Foto: Divulgação)
Hywind Tampen, usina eólica offshore da Equinor na Noruega (Foto: Divulgação)

A Equinor anunciou nesta sexta-feira que tomou a decisão final para investimento no projeto Hywind Tampen, que vai interligar os campos de Gullfaks e Snorre, um investimento estimado em US$ 660 milhões, com turbinas eólicas offshore.  O projeto prevê 11 turbinas com capacidade instalada de 88 MW, que pode suprir 35% da demanda anual das plataformas Snorre A e B e Gullfaks A, B e C. 

A Petoro e a OMV são parceiras da Equinor no campo de Gullfaks. Em Snorre, a empresa tem como sócias a ExxonMobil, Idemitsu Petroleum, DEA Norge e Vår Energi. 

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Hywind Tampen será o primeiro projeto do mundo a usar turbinas eólicas para eletrificação de instalações de petróleo e gás. A Equinor estima que a redução das emissões de CO2 das cinco plataformas de petróleo e gás nos campos de Snorre e Gullfaks é de 200.000 toneladas por ano, o equivalente a emissão anual de 100 mil automóveis. 

A decisão foi anunciada depois que o governo da Noruega decidiu prorrogar o contrato para a produção do campo de  Gullfaks, que terminaria em 2026, para 2040. 

“Cerca de 80% do potencial global de recursos para energia eólica offshore está em águas profundas, e a energia eólica offshore pode desempenhar um papel importante na transição energética para um suprimento global de energia mais sustentável. Isso traz oportunidades substanciais para a indústria norueguesa ”, diz Eldar Sætre, CEO da Equinor.

A Enova, controlada pelo Ministério do Clima e Meio Ambiente da Noruega, aprovou financiamento de 2,5 bilhões de coroas norueguesas para o projeto de Hywind Tampen, que pretende interligar os campos de Gullfaks e Snorre. Este é o segundo financiamento aprovado para o projeto, que já teve aprovado aporte de 566 milhões de coroas norueguesas pelo Fundo Nox.

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A Equinor está avaliando a instalação de eólicas offshore e novos projetos de energia solar no Brasil. A empresa tem meta global de redução de emissões de CO2 fixada em 8 kg por barril de óleo equivalente produzido. Os projetos fazem parte de uma carteira de investimentos que contém US$ 15 bilhões até 2030.