EDP eleva área de governança ambiental e terá foco em solar

EDP eleva área de governança ambiental e terá foco em solar. Na imagem: Placas solares fotovoltaicas instaladas sobre a grama (Foto: Michael Schwarzenberger/Pixabay)
(Foto: Michael Schwarzenberger/Pixabay)

A EDP Brasil criou uma vice-presidência executiva de ESG – sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa – e deve dedicar uma parcela maior de investimentos à geração solar.

A nova posição será ocupada por Fernanda Pires, atual diretora de Pessoas, Digital e Sociedade.

Na semana passada, a EDP Brasil confirmou a nomeação de João Marques da Cruz como seu novo CEO, para o lugar de Miguel Setas, que será responsável pela plataforma mundial de redes de Transmissão e Distribuição do grupo.

Durante teleconferência com investidores nesta segunda (22), Marques Cruz afirmou que a EDP Brasil está de olho em aquisições nos setores de transmissão e de geração solar.

Ao explicar a estratégia de “rotação de ativos”, informou que a empresa estará aberta à venda de ativos de transmissão ou de geração com o objetivo de financiar novos investimentos.

Ao longo de 2020, a EDP intensificou sua agenda de compromissos de ESG. Em junho, tornou-se uma das 13 empresas brasileiras adeptas do pacto Business Ambition for 1,5ºC – Our Only Future, da ONU, pelo qual se comprometeu a garantir que, até 2020, 100% energia que gera seja proveniente de fontes renováveis.

A empresa também foi a primeira do setor de energia na América Latina e de grande porte no Brasil a ter a sua meta de redução de emissões de CO2 aprovada pela Science Based Targets (SBTi).

E firmou uma meta de equidade racial no seu programa de estágio, com reserva de 50% das vagas para estudantes negros, além de garantir que, até 2022, 50% de todas as novas contratações venham de grupos sub-representados, com 20% de mulheres na liderança, e ao menos 30% de mulheres no quadro geral de colaboradores.

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Apesar de pandemia, empresa teve resultados positivos

A EDP Brasil registrou o melhor resultado de sua história pelo terceiro ano seguido em 2020, com lucro líquido de R$ 1,5 bilhão em 2020, um aumento de 12,7% em comparação com 2019. O EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 3,4 bilhões, uma alta de 16% em relação ao exercício anterior.

Considerando apenas o quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 700 milhões, um crescimento de 40,2% em relação ao mesmo intervalo de 2019, e o EBITDA chegou a R$ 1,4 bilhão, uma elevação de 60%.

Segundo a companhia, o desempenho reflete o sucesso da estratégia adotada em 2020 para mitigar os efeitos econômicos decorrentes da pandemia – o chamado Plano 3R (Reagir, Recuperar e Reformular).

Em 2020, a Companhia investiu R$ 1,9 bilhão no País, com destaque para o segmento de Distribuição, que recebeu R$ 752 milhões para melhorias e expansão da rede – um aumento de 16,2% frente a 2019. Foi o terceiro ano consecutivo em que o Capex da empresa no Brasil superou a marca de R$ 1 bilhão, ou cerca do dobro da média histórica da EDP em anos anteriores.

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