Mapa do caminho

Marina Silva defende diálogo entre produtores e consumidores para transição dos fósseis

Mais de 60 países manifestaram apoio, ao longo da COP30, à ideia lançada pelo Brasil de construção de um mapa do caminho para transição dos combustíveis fósseis

18.11.2025 - Belém - Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, representa o Brasil no segmento de alto nível da COP30. O discurso ocorre na Plenária Amazonas durante a 30ª Conferência das Partes (COP30). Foto de Aline Massuca/COP30
18.11.2025 - Belém - Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, representa o Brasil no segmento de alto nível da COP30. O discurso ocorre na Plenária Amazonas durante a 30ª Conferência das Partes (COP30). Foto de Aline Massuca/COP30

BELÉM — A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), defendeu, nesta terça (18/11), um diálogo estruturado entre países produtores e consumidores de combustíveis fósseis, para planejar a transição.

A ministra falou durante segmento de alto nível da COP30, em Belém (PA).

Desde a Cúpula de Líderes, há duas semanas, o presidente Lula (PT) tem insistido na construção de um roteiro global para a transição dos combustíveis fósseis, o que já resultou no apoio de mais de 60 países à ideia.

Alemanha, Austrália, Camboja, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Dinamarca, França, México, Mônaco, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça, são alguns deles.

“Não há respostas únicas ou universais para o enfrentamento do desafio que está diante de nós. É necessário diálogo estruturado, troca de experiências e estratégias de longo prazo, contemplando países produtores e países consumidores de combustíveis fósseis”, discursou a ministra no início desta tarde.

“Precisamos planejar os caminhos e garantir os recursos financeiros e suporte técnico para reduzir a alta dependência desses combustíveis para a geração de empregos e a segurança energética em várias partes do mundo, sobretudo nos países em desenvolvimento”, completou.

A ministra também defendeu um mapa do caminho para o fim do desmatamento, paralelo à da transição, e que países ricos assumam suas responsabilidades históricas na mobilização de recursos para transição justa.

“Nesse processo devem caminhar, de forma concomitante, Mapas do Caminho para o Fim do Desmatamento, igualmente determinados por cada país, com cooperação, financiamento e pleno respeito aos povos indígenas e comunidades locais”, disse a ministra.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias