Financiamento climático

Fazenda vai colaborar com relatório sobre financiamento de US$ 1,3 tri, diz presidente da COP30

Brasil e Azerbaijão apresentarão "mapa do caminho" para financiar ações de redução de emissões, com apoio da Fazenda e do Banco Central

Conteúdo Especial

Embaixador e presidente da COP30, André Corrêa do Lago, durante o lançamento da inciativa "Sustainable Business COP30 (SB COP)" pela CNI, em Brasília (DF), em 10/3/2025 (Foto Iano Andrade/CNI)
André Corrêa do Lago fala durante o lançamento da "Sustainable Business COP30 (SB COP)", em 10 de março de 2025 (Foto Iano Andrade/CNI)

O presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), André Corrêa do Lago, informou nesta segunda-feira (10/3) que está sendo estruturada a partição do Ministério da Fazenda no relatório que indicará quais os caminhos para a garantia do financiamento de US$ 1,3 trilhão anuais, até 2035, aos países em desenvolvimento. Os valores são, por exemplo, para a implementação de ações de redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE).

No ano passado, no Azerbaijão, foi estabelecido que os países desenvolvidos devem “assumir a liderança” no fornecimento de, pelo menos, US$ 300 bilhões anuais até 2035, muito aquém do que é considerado necessário. O Brasil vai apresentar, junto com o Azerbaijão, um “mapa do caminho” de como alcançar a meta de US$ 1,3 trilhão.

Os recursos devem partir de diversas fontes, incluindo públicas, privadas, bilaterais, multilaterais e outras alternativas em estudo.

“Nós estamos muito coordenados com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, porque a participação deles nessa mobilização é importantíssima ao longo dos próximos meses”, declarou Corrêa do Lago. Não foi informado se o BC vai participar diretamente da construção do relatório.

Em coletiva nesta segunda-feira (10), o presidente da COP30 também reforçou que a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris enfraquece o multilateralismo: “não há nenhuma dúvida com relação a isso”. A perspectiva, porém, é que entes subnacionais e setor privado continuem participando ativamente do processo de cumprimento de metas no âmbito do Acordo de Paris.

Por Renan Monteiro

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