BELÉM — A Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono proposta pelo Brasil conseguiu conquistar a adesão de 17 economias, entre elas China e União Europeia. A primeira reunião ocorreu no sábado (15/11), em Belém (PA), como parte das agendas da COP30.
A intenção é criar um padrão comum e conectar diferentes sistemas de comércio de créditos de carbono.
Liquidez, previsibilidade e transparência para o setor são algumas das expectativas da coalizão.
“Nosso objetivo é alavancar os mercados de carbono de conformidade, mantendo a integridade ambiental e garantindo uma transição justa a todos”, explica o secretário de Clima e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Lyrio.
Lyrio observa que os mercados de carbono de conformidade têm um papel importante na aceleração da descarbonização das economias e implementação do Acordo de Paris, na medida em que remunera serviços ambientais e aumenta custos para atividades poluentes.
“Temos discutido como fazer a transição energética para longe dos combustíveis fósseis de uma forma estruturada, ordenada e justa. O mercado de carbono regulado é um dos caminhos essenciais para alcançar essa meta”, comenta o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.
Segundo o secretário, a coalizão permitirá aos países colaborar na definição de melhores práticas para monitoramento, relato e verificação (MRV), estabelecer contabilidade comum e garantir a integridade dos mecanismos de compensação (offset).
O compromisso é voluntário. A iniciativa conta, até o momento, com Brasil, China, União Europeia, Reino Unido, Canadá, Chile, Alemanha, México, Armênia, Zâmbia, França, Ruanda, Andorra, Guiné, Nova Zelândia, Mônaco, Singapura e Noruega.
