Transição energética

Aliança empresarial global lança agenda de prioridades para COP30

Prioridades para COP30 do grupo de trabalho de transição energética incluem aumento do uso de energias renováveis e de combustíveis sustentáveis

Conteúdo Especial

Iberdrola e bp começam a construir planta de hidrogênio verde para descarbonizar refinaria na Espanha (Foto: Divulgação Iberdrola)
Unidade vai converter cerca de 200 GWh/ano de energia renovável produzida pelos parques eólicos e solares da Iberdrola em hidrogênio verde | Foto: Divulgação Iberdrola

PARIS — O Sustainable Business COP (SB COP), iniciativa que busca levar contribuições do setor privado às negociações da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), lançou, nesta quinta-feira (5/6), sua agenda de temas prioritários para a COP30. 

A iniciativa organizada por empresários brasileiros definiu uma agenda para transição energética a partir de três critérios: alinhamento com a agenda da COP30; coerência com as agendas das COPs anteriores; e maior potencial de impacto e mais alta viabilidade de implementação.

Um dos temas prioritários para o grupo é o aumento da eficiência energética através do aumento da conscientização e aprimoramento do acesso a dados.

Outra é o aumento da adoção de energias renováveis para eletrificação, por meio de adoção de armazenamento de energia, apoio à infraestrutura da rede elétrica e promoção de fontes energéticas de baixo carbono e à base de biomassa.

O grupo também quer incentivar a produção e a adoção de combustíveis sustentáveis. Para isso, enxerga como caminho o desenvolvimento de regulações que garantam que critérios sustentáveis serão cumpridos e a implementação de mandatos e incentivos.

“Aqui também entra a questão do financiamento. Investir nesse tipo de combustível é caro. Muitas vezes, ele tem um custo mais elevado do que os combustíveis convencionais”, disse o diretor de Sustentabilidade do empresa química belga Solvay, Jean-Charles Djelalian, durante o Sustainable Business (SB COP) Summit Paris

“Além disso, há outro risco envolvido: o de disponibilidade. Podemos tomar a decisão de mudar para combustíveis sustentáveis, mas pode chegar um momento em que não haverá quantidade suficiente para atender a todos os usuários que desejarem fazer essa transição”, completou.

Já para a economia circular, as prioridades são incorporar a circularidade às cadeias globais de suprimento, promover a inovação em materiais e a gestão de resíduos, fortalecer a regulamentação e os incentivos, e apoiar a pesquisa, a educação e a mudança comportamental.

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