Compromissos não são suficientes para combater mudanças climáticas, diz diretor executivo da IEA

Fatih Birol, Executive Director, International Energy Agency, Paris speaking during the Session "A New Era for Energy Politics" at the Annual Meeting 2018 of the World Economic Forum in Davos, January 23, 2018.

Copyright by World Economic Forum / Manuel Lopez
Fatih Birol, Executive Director, International Energy Agency, Paris speaking during the Session "A New Era for Energy Politics" at the Annual Meeting 2018 of the World Economic Forum in Davos, January 23, 2018. Copyright by World Economic Forum / Manuel Lopez

Para o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), Fatih Birol, é notório o alto nível de comprometimento dos países em metas ambiciosas contra mudanças climáticas, mas os “compromissos não são suficientes”.

“As emissões estão caminhando para o segundo maior aumento da história. Não estamos nos recuperando da crise da covid-19 de uma forma sustentável e continuamos avançando para níveis perigosos de aquecimento global”, disse o executivo.

Birol apresentou dados desanimadores durante conferência com representantes do setor de energia de diversos países na Cúpula do Clima nesta sexta (23). Estimativas da IEA apontam que 2021 registrará o segundo maior aumento de emissões de gases do efeito estufa da história.

“Nós precisamos de mudança real no mundo real. Neste momento, os dados não casam com a retórica”, alertou.

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Segundo o diretor da IEA, será necessário transformar todo o sistema de energia para alcançar a neutralidade em carbono e investir pesado em novas tecnologias para alcançar as metas anunciadas pelos países durante a Cúpula.

“Isso significa cortar drasticamente as emissões de caminhões, navios e aviões. Também precisaremos do mesmo para indústrias de aço, cimento, química e agricultura”, afirmou.

De acordo com estudos da IEA, para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, metade da redução das emissões depende de tecnologias que ainda não estão disponíveis no mercado.

Apesar disso, Birol vê motivos para otimismo com o crescimento exponencial das energias renováveis no mundo. “Geração de eletricidade renovável, incluindo solar e eólica, baterá recorde este ano”.

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