A Claro inaugurou nesta quinta (17) a maior usina de geração distribuída (GD) a biogás do Brasil, com capacidade de geração de 4,65 megawatts médios (MWm). A energia gerada irá abastecer quase três mil unidades da empresa, entre torres de telefonia, datacenters e outras estruturas operacionais.
Expectativa da empresa é que usina evite a emissão de mais de 15 mil toneladas de gás carbônico em um período de um ano.
Operada pela RZK Energia, a planta utiliza biogás obtido por meio do gás metano (CH4) e do dióxido de carbono (CO2) liberados pelo lixo do aterro sanitário do município de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, onde está instalada.
Segundo Hamilton Ricardo Pereira da Silva, diretor de infraestrutura da Claro, a empresa tem compromisso de reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e, com isso, colaborar com o controle das mudanças climáticas.
A iniciativa integra o programa “A Energia da Claro”, lançado em 2017, que prevê o uso de fontes renováveis em todas as operações e instalações da empresa.
Em 2020, o programa alcançou a marca de 40% de geração própria de energia nas unidades de baixa tensão, além da aquisição de 100% de energia renovável no mercado livre.
Objetivo da companhia de telecomunicações é se tornar “praticamente autossuficiente em energia de fonte limpa”, diz o executivo.
[sc name=”recircula” ]
Para o diretor da RZK, Luiz Serrano, esse modelo de negócio é uma tendência, tanto pelo ganho econômico, como pelo lado sustentável.
“É um mercado com franco potencial de desenvolvimento e expansão no Brasil, com vantagens sob todas as perspectivas”, afirma.
“São muitas as fontes alternativas de energia limpa que proporcionam uma melhor utilização dos recursos naturais, como é o caso da transformação do biogás em energia elétrica, ao mesmo tempo em que há ganhos visíveis em eficiência energética e em redução de custo para quem investe no formato de geração distribuída”, observa Serrano.
[sc name=”adrotate” ]
Em expansão, biogás tem potencial para substituir 70% do consumo de diesel
O setor de biogás brasileiro apresentou crescimento de 27% em 2020, e escapou da crise que afetou diversos setores da economia por conta da pandemia de covid-19. Ao todo, 69 novas usinas passaram a operar no ano passado.
De acordo com Gabriel Kropsch, vice-presidente da ABiogás (Associação Brasileira do Biogás), o gás renovável é uma realidade não só em termos técnicos, mas também em relevância.
“Estamos falando de um potencial de substituição de até 70% de todo o consumo de óleo diesel do Brasil. O biogás gera ainda uma economia entre 20% e 30%, quase R$ 1 por litro equivalente de diesel”, afirma.
Além da produção de energia, o biogás também pode ser usado como combustível em frotas de ônibus e caminhões — ao ser convertido em biometano.
Por ser produzido a partir de resíduos agroindustriais ou urbanos (lixo residencial e até esgoto) e próximo aos centros de consumo, o combustível permite uma economia também na cadeia logística de distribuição.
[sc name=”news-transicao” ]