BELO HORIZONTE – Os Ministérios de Minas e Energia (MME), Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC), Meio Ambiente (MMA) e Fazenda (MF), lançaram, nesta quarta-feira (23/10), a Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP).
O lançamento ocorreu durante a 4ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, em Washington. A plataforma foi desenvolvida em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Bloomberg Philanthropies, a Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (Gfanz) e o Fundo Verde para o Clima (GCF).
A BIP tem o objetivo de atrair novos investimentos estrangeiros privados para projetos de transição energética considerados prioritários e alinhados às políticas lançadas pelo governo, como os relacionados a combustíveis sustentáveis e hidrogênio de baixa emissão de carbono.
“Antes da plataforma, só com duas iniciativas, Fundo Clima e Eco Invest, que são recentes e que podem ter várias rodadas, nós já alavancamos R$ 55 bilhões de investimentos, sendo R$ 10 [bilhões] no Fundo Clima e R$ 45 [bilhões] no Eco Invest”, disse o ministro da Fazenda Fernando Haddad durante o evento.
“Essa plataforma tende a potencializar esses números, porque às vezes você tem o investidor e não tem o projeto. Às vezes você tem o projeto e não tem o investidor. Então nós estamos fazendo um match entre essas duas pontas, e com financiamento inclusive externo”, concluiu.
A ministra do MMA, Marina Silva, enfatizou a importância dos investimentos na transformação ecológica. “Para nós é justo que o plano de transformação ecológica, que está baseado em eixos como a questão do adensamento tecnológico, bioeconomia, transição energética, infraestrutura resiliente e sustentável, possa ter os investimentos necessários”, disse.
O lançamento da plataforma faz parte da estratégia do Brasil de liderar esforços globais na promoção de uma transição ecológica justa, durante a Cúpula de Líderes do G20, que vai acontecer em novembro no Rio de Janeiro.
A presidência brasileira busca consolidar consensos entre os países-membros, visando a revisão da arquitetura financeira que permita que o capital de investimentos possa ser direcionado a países emergentes que possuem maior capacidade de desenvolvimento de projetos sustentáveis e de transição energética.