Descarbonização de navios

Brasil e França devem se engajar em corredores marítimos verdes, diz CEO do Porto do Açu

Brasil e França fecharam acordo para desenvolvimento de corredores marítimos verdes internacionais

Vista de embarcação no cais do Porto do Açu, no norte fluminense (Foto Divulgação Porto do Açu)
Iniciativa vai desenvolver projeto que combine a captura de dióxido de carbono do ar com a conversão do gás em combustível (Foto Divulgação Porto do Açu)

PARIS — Brasil e França devem se engajar no desenvolvimento de corredores verdes, disse, nesta sexta-feira (6/6), o CEO do Porto do Açu, Rogério Zampronha, durante o Fórum Econômico Brasil-França. 

Os ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e de Transportes da França, Philippe Tabarot, assinaram, na quinta-feira (5/5), um acordo não vinculativo para a criação de corredores marítimos verdes internacionais, que são rotas realizadas por embarcações com combustíveis de nenhuma ou baixa emissão de carbono.

O objetivo é a descarbonização do setor marítimo. Atualmente, cerca de 80% do frete internacional é feito por embarcações movidas, quase que em sua totalidade, a derivados do petróleo. Consequentemente, o setor responde por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE).

“Já recebemos os primeiros navios a gás natural lá no Porto do Açu, e entendemos que ter um ponto de produção e abastecimento desses combustíveis, tanto no Brasil quanto na França, vai permitir que se estabeleçam rotas que sejam de muito mais baixa emissão do que qualquer outra rota que se encontra no comércio global”, afirmou Zampronha.

Segundo o CEO, o custo da utilização de combustíveis sustentáveis no transporte marítimo para cargas é proporcionalmente menor do que na aviação. “Isso permite que esses investimentos floresçam com mais velocidade”, disse.

O Porto do Açu, controlado pela Prumo Logística em parceria com o Porto de Antuérpia-Bruges Internacional, quer se tornar um polo de produção e exportação de combustíveis sustentáveis.

Entre as iniciativas de descarbonização do empreendimento, está um memorando de entendimento (MoU) com a empresa belga Sarens, para estudar parcerias em soluções logísticas no transporte de componentes da cadeia de energia eólica offshore.

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